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    Filho de ex-presidente e fã de Pelé, dirigente do Santos trabalha de muletas

    RAFAEL VALENTE
    ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

    17/09/2013 03h30

    O presidente do Santos é admirador de Pelé, diz que o Mundial-1963 foi o título que mais o marcou e fala com orgulho sobre revelações como Robinho e Neymar e com esperança sobre as promessas como Gabriel e Neílton.

    Odílio Rodrigues Filho, 65, é mais discreto que seu antecessor, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, que se licenciou do cargo por licença médica de um ano, mas diz que pretende conduzir o clube da mesma forma que o titular da função.

    Formado em medicina, com especialização em reumatologia, Odílio tem prestígio em Santos, onde foi secretário de saúde, professor da Universidade Metropolitana e da Fundação Lusíadas e médico e diretor-clínico da Santa Casa de Misericórdia.

    A relação com o clube também é longa. Nascido na cidade, ele é sócio desde criança e conselheiro desde 1982. Afirma que toda a família é santista --isso incluí os cinco irmãos, os quatro filhos e os dois netos.

    Agora está repetindo a história do pai, Odílio Rodrigues, que deixou a vice-presidência e foi o titular do cargo em 1983, sendo responsável pela contratação do goleiro Rodolfo Rodrigues. A diferença é que o pai ficou por pouco mais de um mês no cargo e o filho ficará ao menos por um ano.

    Odílio, que se recupera de cirurgia nas pernas e trabalha auxiliado por muletas, teve como primeira missão conter uma turbulência política.

    "Todos os presidentes procuraram fazer uma gestão melhor do que a anterior. É uma corrida de bastão. E nosso objetivo é reduzir os custos administrativos e do futebol. Sabemos que isso vai nos colocar em conflito com a torcida que quer títulos."

    Moacyr Lopes Junior - 10.set.13/Folhapress
    Odílio Rodrigues Filho, presidente do Santos, dá entrevista na sede do clube, na Vila Belmiro
    Odílio Rodrigues Filho, presidente do Santos, dá entrevista na sede do clube, na Vila Belmiro

    REELEIÇÃO

    Odílio Rodrigues não conversa sobre a eleição do clube, marcada para dezembro de 2014. Diz que o assunto é responsável também pela crise mais recente do clube e deve ser discutido em um momento mais apropriado.

    "O Santos saiu de uma crise recente que teve início por causa de discussões políticas. Quem está no executivo deve afastar da sua frente alguns assuntos. Temos de nos preocupar com a direção e na profissionalização, e deixar a politica para outro momento."

    O presidente também considera injustas as críticas ao antecessor e diz que a torcida precisa ter paciência com a realidade atual do time.

    "Como as vitórias deixam as pessoas inebriadas, elas não estão preparadas por essa transformação que vamos passar. As derrotas geram as críticas. E considero que elas foram injustas ao Luis Alvaro. Vivemos um período de montagem de um novo time, com um novo técnico, perdemos Neymar, estamos fazendo uma reforma administrava para redução de custos. Isso requer paciência do torcedor."

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