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    Broncas de Muricy dão o tom de novo no São Paulo

    MARINA GALEANO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    22/09/2013 01h30

    Três partidas, três vitórias e menos de duas semanas. Foi esse o tempo que o técnico Muricy Ramalho precisou para deixar o São Paulo respirar novamente no Brasileiro e para fazer jogadores e torcedores se acostumarem de novo ao seu estilo.

    "O Muricy é muito sério, não dá risadinha à toa. Ele não tem vaidade, é simples, fala a língua dos jogadores. Não tem preferência por ninguém, dá oportunidade para todos e cobra numa boa", analisa Milton Cruz, coordenador técnico do São Paulo.

    Para quem trabalha com Muricy, esse é o segredo do sucesso do treinador em tão pouco tempo no clube: falar a língua dos boleiros, mas ser duro nas cobranças.

    O próprio treinador se define como "um grande cobrador". Para ele, cobrança traz resultado, e o jogador gosta.

    Os meias Paulo Henrique Ganso e Jadson são exemplos de que a estratégia tem funcionado. Os dois conversaram bastante com o comandante nesse período, ouviram conselhos, instruções de posicionamento e foram exigidos a ajudar na marcação.

    "O Muricy me passou o que queria de posicionamento tático e estou tentando fazer", afirma Jadson, que recebeu elogios do "professor" por sua atuação na vitória sobre o Atlético-MG, na quarta-feira.

    Se, no dia a dia, a cobrança aparece mais em forma de conversas, durante os jogos, a atitude do técnico é outra.

    Muricy não costuma parar quieto no banco de reservas ao longo dos 90 minutos. Grita muito, reclama da arbitragem, chama a atenção dos jogadores, berra instruções com as mãos em volta da boca para ser ouvido de longe.

    "Muricy sempre explica antes aquilo que ele quer. Depois, cobra no campo também. Ele não fica parado olhando, esperando a conversa no vestiário. Chama o jogador ali do lado, dá bronca na frente de todo mundo se tiver que dar. É um cara vibrante à beira do campo", afirma Milton Cruz.

    Com seu estilo cobrador de volta ao Morumbi, o São Paulo pulou da 18ª para a 14ª posição, onde iniciou a rodada. O treinador, ainda que de maneira tímida, já fala até em buscar uma vaga no G4. Mas, antes, sua meta é se afastar ainda mais da zona de rebaixamento do Brasileiro.

    "Nossa realidade ainda é ter que brigar bastante para sair dessa situação", avalia.

    A briga continua neste domingo, às 16h, perante o Goiás, no Serra Dourada. Com 27 pontos, o São Paulo está a três da zona de rebaixamento.

    Muricy não terá o meio-campista Maicon, suspenso. Rafael Toloi, no entanto, estará de volta à zaga.

    No Goiás, o desfalque é o meia-atacante Roni, que não pode enfrentar o São Paulo por motivos contratuais. Retornando de suspensão, o zagueiro Rodrigo está à disposição de Enderson Moreira.

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