O Santos perdeu seu maior craque, o goleiro titular, o treinador badalado e até seu presidente, mas mesmo assim virou o melhor paulista no Campeonato Brasileiro: com 32 pontos, é o sétimo colocado.
Neymar fez as malas para a Espanha, Rafael se transferiu para o Napoli, Muricy Ramalho foi demitido e Luis Álvaro Ribeiro de Oliveira pediu licença da presidência do clube para cuidar da saúde.
A equipe ainda teve a autoestima abalada pela goleada por 8 a 0 para o Barcelona, no início de agosto.
Mesmo diante de tantos percalços, o Santos reagiu.
Na quarta-feira, pela 11ª rodada, pode pular para o quinto lugar e ficar a quatro pontos do G-4, se vencer o Náutico em casa. Um cenário bem mais favorável em relação ao enfrentado por seus rivais do Estado -Corinthians, São Paulo, Portuguesa e Ponte Preta.
O atual campeão do mundo, que amarga um jejum de seis partidas sem vitória, perdeu posições e está em 11º, com 31 pontos. O São Paulo (27) vinha embalado pela chegada de Muricy, mas caiu diante do Goiás na última rodada e é o 15º, atrás da Portuguesa (28), e teme a zona da degola. Já a Ponte (19), ocupa o penúltimo lugar da tabela.
A derrota para o Corinthians na final do Campeonato Paulista, dia 19 de maio, dava pistas de que o Santos teria um ano cheio de obstáculos pela frente. Quase uma semana depois da decisão do Estadual, o clube da Vila Belmiro se despediu de Neymar, vendido para o Barcelona.
Nem bem se recuperou da saída do craque, e mais uma perda --desta vez, por opção própria. Em uma reunião do Comitê Gestor, no fim de maio, os cartolas santistas decidiram rescindir o contrato com o técnico Muricy Ramalho, que era vinculado ao clube até o fim de 2013. Nesse meio tempo, o goleiro Rafael, um dos destaques do time, foi transferido para o exterior.
Claudinei Oliveira, treinador do sub-20, assumiu o comando da equipe profissional interinamente, porém, o fracasso nas negociações com outros nomes levou Claudinei a ser efetivado no cargo. Aranha, reserva de Rafael, também ganhou uma chance e, diante de apresentações seguras, firmou-se como guardador titular da meta santista. Após a licença médica de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, o vice Odílio Rodrigues tomou a frente da presidência.
O clube apostou em soluções caseiras para dar a volta por cima --promoveu alguns atletas da base-- e ainda contratou Mena, Cicinho, Thiago Ribeiro e Renato Abreu. Sem estrelas no elenco, sem técnico badalado e sem chamar muita atenção, o Santos, a cada resultado positivo, está conseguindo se reerguer e superar seus traumas de 2013.
| Ricardo Saibun - 9.ago.2013/Divulgação/Santos FC | ||
 |
||
| O técnico Claudinei Oliveira durante treinamento do Santos |