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    Li Na e Djokovic reeditam batalha dos sexos no tênis

    FERNANDO ITOKAZU
    DE SÃO PAULO

    27/09/2013 03h11

    O sérvio Novak Djokovic e a chinesa Li Na protagonizam hoje, em Pequim, mais uma batalha dos sexos no tênis.

    A mais famosa edição foi em 1973, quando Billie Jean King venceu o já aposentado Bobby Riggs por 6/4, 6/3 e 6/3.

    Hoje, Li Na, quinta do ranking, pode repetir o resultado de King. Djokovic é o número um do mundo, mas é fanfarrão --gosta de brincar nestes eventos e de agradar à torcida, tanto que no ano passado perdeu de Gustavo Kuerten numa exibição no Rio.

    Haverá ainda mudanças na regra para beneficiá-la.

    Se Li Na x Djokovic não desperta a mesma curiosidade da batalha de 1973, que teve público de mais de 30 mil torcedores, há outra possibilidade que gera discussão.

    O que Serena Williams, líder do ranking e uma das maiores da história, poderia fazer se disputasse o circuito masculino? As opiniões de especialistas variam muito.

    Stan Honda - 8.set.2013/AFP
    Serena Williams salta para festejar o título de campeã do Aberto dos Estados Unidos
    Serena Williams salta para festejar o título de campeã do Aberto dos Estados Unidos

    Em alguns momentos, Serena chega a sacar como um homem. Na decisão do Aberto dos EUA, seu serviço mais rápido atingiu 202 km/h.

    Rafael Nadal e Djokovic, finalistas masculinos do torneio, registraram 201 km/h e 204 km/h, respectivamente.

    Bruno Soares, quarto do mundo em duplas, afirma que isso não é suficiente.

    "Ela não aguentaria a movimentação dos homens", afirmou ele, que disputa duplas mistas em Grand Slams.

    "Se ela enfrentasse o 500º do mundo em uma quadra de clube, sem torcida e sem mídia, ela não teria chances."

    Rogério Dutra Silva, 133º do mundo, disse que faria um jogo duro, mas ganharia. "A principal dificuldade dela não seria nem a parte física, mas a mental. A intensidade dos homens é diferente."

    Editoria de arte/Folhapress

    Rafael Westrupp, superintendente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) e treinador, acredita que a americana poderia estar entre o 100º e o 150º do ranking. "Ela é uma cavala e é muito forte mentalmente. Iria fazer muito cara vestir saia", brinca.

    Mesma opinião tem Renato Pereira, técnico de Teliana Pereira, melhor brasileira no ranking (106ª). "O masculino exige muito mais trocas de bola. Mas acho que chegaria ao top 150 após se adaptar."

    Ex-tenista e comentarista, Fernando Meligeni disse que Serena não teria chances nem mesmo contra aposentados.

    "Ela joga em cima da linha [e consegue ser agressiva]. Mas, com todo respeito, eu com um top spin [efeito] na esquerda jogo ela lá para trás", disse Meligeni, que parou de jogar em 2003. "Nossa bola é muito mais pesada."

    Para o coordenador do Núcleo de Ciências Aplicadas ao Tênis da CBT, Mark Caldeira, ela não passaria do top 300. "O tênis trabalha muito a resistência de potência e nisso o homem é muito superior."

    Irineu Loturco, diretor-técnico do Núcleo de Alto Rendimento do Grupo Pão de Açúcar, ressalta a grande diferença de velocidade e capacidade de gerar potência.

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