De forma unânime, o Palmeiras aprovou a construção de um busto para Oberdan Cattani, 94, que defendeu o clube de 1940 a 1954. A votação foi feita na noite de segunda-feira, em reunião do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização).

A construção de um busto para Oberdan era considerado uma divida de gratidão do clube com o ex-jogador. Ele é considerado um dos maiores ídolos da história alviverde, ao lado de Ademir da Guia e de Marcos.

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Durante muitos anos um dos motivos alegados para o busto não ter sido feito era o fato de Oberdan ter enfrentado o Palmeiras duas vezes quando defendia o Juventus.

Os dirigentes alegavam que o estatuto do Palmeiras não permitia que atletas que já tivessem enfrentado o clube alviverde recebessem tal honraria.

Segundo o historiador Fernando Galuppo, o estatuto palmeirense não tem este item registrado, mas o critério foi adotado de forma verbal para não banalizar a honraria ao permitir que jogadores que tivessem defendido os rivais fossem agraciados.

Atualmente, apenas três ídolos têm busto no Palmeiras: Waldemar Fiúme (1941-1958), Ademir da Guia (1962-1977; 1984) e Junqueira (1931-1945). Os três bustos ficam na sede do clube, no Parque Antarctica.

Oberdan Cattani foi tetracampeão paulista (1942, 1944, 1947 e 1950) pelo Palmeiras, campeão do Torneio Rio-São Paulo (1951) e campeão da Copa Rio (1951).

Ele é um dos atletas ainda vivos que jogaram quando o clube se chamava Palestra Itália. Esteve presente, inclusive, no histórico jogo contra o São Paulo, em 20 de setembro de 1942, que o primeiro do clube com o nome Palmeiras.

O clube ainda não divulgou quando será feita a obra.

	Julia Chequer/Folhapress
	O ex-goleiro Oberdan Cattani