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    No Corinthians, Tite aposta na estratégia da descontração

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A MOGI MIRIM

    02/10/2013 03h17

    No último domingo, o Corinthians foi surpreendido pela Portuguesa numa goleada histórica: 4 a 0. São oito jogos sem vitória, a pior sequência negativa desde 2000.

    Afinal, de que tanto riam o técnico Tite e os jogadores do Corinthians no treino de ontem em Mogi Mirim, no interior paulista?

    O clima de descontração no estádio Romildo Ferreira, onde hoje o time pega o Bahia, foi criado por Tite, que pede uma equipe alegre em campo.

    O treinador fez questão de participar do jogo recreativo que os atletas fazem tradicionalmente antes das partidas.

    Por causa do joelho esquerdo que encerrou sua carreira de atleta precocemente e o impede correr, ele evita participar da atividade. Ontem, não.

    Não só usou o colete laranja como escalou o preparador físico Fábio Mahseridjian para enfrentá-lo. A participação dele quebrou o gelo entre os atletas, que se divertiram como há tempos não faziam.

    Rivaldo Gomes/Folhapress
    Tite participa de bate-bola em treino no Corinthians
    Tite participa de bate-bola em treino no Corinthians

    Muitos riam quando Tite tinha dificuldade em dominar a bola. Ou quando furou e seu goleiro, Cássio, tomou um gol.

    "Fábio [Mahseridjian], se você machucar alguém, o presidente vai te tirar", gritou Tite, logo que viu que o preparador físico havia dividido a bola com Maldonado.

    A alegria de Tite não é exatamente espontânea --ele sabe que seus sinais de abatimento seriam capazes de desmotivar o time.

    Após o jogo contra a Portuguesa, o técnico não concedeu entrevista; só os atletas falaram. Foi um pedido dos jogadores. Em campo, o treinador estava aborrecido.

    Na segunda, chegou ao aeroporto de Cumbica com cara amarrada e não conversou com os jornalistas.

    Ontem, precisou demonstrar ao elenco que a vontade de permanecer é real.

    Pessoas próximas dizem que o treinador se cobra muito, mas que gostou quando soube que os jogadores queriam ser os protagonistas da goleada para a Portuguesa.

    Fora do campo, circunspecto, Mário Gobbi expunha o contraste. Não deu entrevista.

    Ele não pretende demitir Tite em caso de tropeço. Mas está de olho.

    Quem vai rir por último?

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