Marcos Paulo Cabral de Lima, 39, já imagina seu funeral: caixão preto e branco, bandeiras do Corinthians sendo entregues a parentes e amigos, fotos suas em jogos do time expostas no telão e, ao fundo, o hino alvinegro tocado por um violinista.
"Tudo na minha vida tem ligação com o Corinthians", conta. Vendedor ambulante da zona leste de São Paulo, ele resolveu que seu sepultamento também precisa levar a marca do time.
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Lima foi um dos primeiros a aderir a um plano funerário recém-lançado pelo Corinthians. O clube fez parceria com a empresa Memorial para oferecer aos torcedores um funeral alvinegro.
O plano "Corinthians para Sempre" custa R$ 27 mensais para uma pessoa e R$ 35 para uma família corintiana. Inclui, entre outros, carro funerário com símbolos do Corinthians, caixão preto e branco e mesa para expor ao lado do caixão lembranças alvinegras.
"Queria mesmo era que meu corpo fosse levado para o cemitério no meu Fusca do Corinthians, mas não cabe", brinca o vendedor, dono de um carro repleto de autógrafos dos jogadores.
Na tradicional coroa de flores dos velórios, as folhas são verdes, certo? Não no funeral corintiano. Ali, nada é verde para evitar remissão ao Palmeiras. As folhas, portanto, são pretas e brancas.
Mais de 30 pessoas já aderiram ao plano, que rende ao Corinthians 7% de royalties sobre as vendas. Mas esse é apenas o primeiro passo de um projeto mais amplo.
Também em parceria com a Memorial, o clube planeja lançar um cemitério exclusivo para corintianos. Não há data para o lançamento.
"Só clubes muito populares, como o Corinthians e o Boca Juniors, conseguem ter um cemitério", diz Luiz Alberto Bussab, diretor jurídico do clube. O time argentino já tem um, assim como o Schalke 04, da Alemanha.
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