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    Presidente do Corinthians se cala ao ser perguntado se Pato ficará no clube em 2014

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    25/10/2013 03h17

    Mesmo em meio ao tumulto no desembarque do Corinthians ontem, em Congonhas, o presidente do clube, Mário Gobbi, parou para conceder entrevistas.

    Respondeu a quase todas as perguntas, mas se calou quando indagado se Pato ficaria no Corinthians em 2014.

    Danilo Verpa/Folhapress
    O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, durante entrevista
    O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, durante entrevista

    O atacante cobrou o último pênalti do time paulista na partida contra o Grêmio anteontem. A defesa pelo goleiro Dida do chute fraco e no centro do gol eliminou o Corinthians da Copa do Brasil.

    O silêncio de Gobbi pode ser lido como um modo de criticar Pato sem "crucificá-lo", o que diminuiria o valor do jogador para o mercado.

    "Eu vou fugir da sua pergunta. Não vou responder", disse Tite, após o jogo na quarta, quando questionado se o erro de Pato não estava sendo subdimensionado pelo clube para preservar o alto investimento na contratação dele por R$ 40 milhões.

    Cerca de 30 torcedores aguardavam o desembarque da delegação para protestar contra o time.

    Embora tivesse sido liberado pela diretoria para ficar em Porto Alegre, Pato foi o jogador mais "lembrado" pelos torcedores em Congonhas.

    Entre palavras de ordem e xingamentos, Pato foi chamado de "pipoqueiro".

    Os torcedores pediram também a saída do "baladeiro" e "bêbado" Romarinho, do "velho" Danilo e de Emerson. Só o goleiro Walter foi aplaudido.

    Os insultos se repetiram na porta do CT, para onde 50 outros torcedores se dirigiram.

    Para evitar confronto, a maior parte dos jogadores deixou o centro de treinamento por uma porta lateral. Mais de 50 policiais cuidavam da segurança no local.

    O único jogador que parou para conversar com os corintianos foi Júlio César, o quarto goleiro do time.

    Júlio, que prometeu levar as reivindicações aos colegas, ouviu que a torcida não vai mais tolerar no clube Emerson, Romarinho, Danilo, além, claro, de Pato.

    Aliás, há versões divergentes sobre a permanência do atacante em Porto Alegre.

    Gilmar Veloz, empresário do atleta, disse que ele tinha ontem uma audiência trabalhista, informação confirmada pela assessoria de imprensa do Corinthians.

    Em Congonhas, no entanto, o presidente Mário Gobbi disse que o atacante tinha ido visitar familiares.

    PATO FASHION

    A popularidade de Pato entre os corintianos nunca esteve entre as mais altas.

    O apreço do camisa 7 por roupas de grife e cortes de cabelo da moda não é apreciado por grande parte dos torcedores. O pênalti desperdiçado só piorou a relação.

    Contudo, apesar do desejo de muitos corintianos, a saída do jogador não deverá acontecer em curto prazo.

    Pato tem contrato até 2017, e sua multa rescisória para o mercado externo é de R$ 136 milhões. Para um outro clube do Brasil, R$ 100 milhões. Por ora, não há clubes interessados em sua contratação.

    Enquanto isso, Alexandre Pato é esperado para treinar hoje em São Paulo. A expectativa é que ele enfrente o Santos neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro.

    Veja vídeo

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