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    Projeto da CBF para calendário de 2015 prevê mudanças tímidas

    BERNARDO ITRI
    DO PAINEL FC
    MARCEL RIZZO
    DE SÃO PAULO

    05/11/2013 03h50 - Atualizado às 13h55

    A promessa de alteração do calendário do futebol para 2015, com menos datas para atender pedido de jogadores, está longe de ficar de pé.

    A Folha apurou que a CBF apresentou um projeto de datas para 2015 na reunião com os atletas e clubes, realizada na terça-feira passada, na sede da entidade, no Rio. Tal proposta foi criticada abertamente pelo Bom Senso na tarde desta terça-feira.

    O formato proposto não atende a boa parte das solicitações do Bom Senso F.C., movimento que reúne mais de mil jogadores, como não ter rodadas nas datas Fifa (período reservado no calendário mundial para confrontos entre seleções).

    A ideia discutida dá 30 dias de férias aos atletas (entre dezembro e início de janeiro) e 30 dias de pré-temporada --essas solicitações são atendidas.

    Com essas premissas, os Estaduais só começariam nos primeiros dias de fevereiro.

    Reprodução-7.out.br/Facebook/Bom Senso F.C.
    Jogadores em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin
    Jogadores em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin

    Haverá ainda a "Supercopa do Brasil", disputada entre os campeões brasileiro e da Copa do Brasil, como a Folha antecipou no sábado.

    Esse jogo seria a abertura da temporada, sempre no primeiro final de semana de fevereiro. No entanto, as mudanças parariam por aí.

    Os campeonatos regionais não sofreriam grandes alterações de datas. No esboço inicial imaginado pela CBF, os Estaduais teriam entre 15 e 17 datas. Mas, no projeto, são 19 o número máximo previsto de datas, exatamente o que o Campeonato Paulista usará em 2014.

    "O Paulista está no limite. Não há como fazer a competição com menos datas", disse na quarta-feira passada Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol e vice da CBF.

    As competições nacionais restantes (Brasileiro e Copa do Brasil) não mudariam.

    Esse modelo não resolveria um dos principais problemas na visão do Bom Senso. As datas Fifa, separadas para as disputas entre seleções, continuarão tendo jogos dos torneios nacionais e fazendo com que os times fiquem desfalcados. Na Europa, não há partidas de clubes quando as seleções estão em campo.

    Em 2015, também haverá a Copa América, que inicialmente seria disputada no Brasil, mas que a CBF cedeu para o Chile. Não há previsão de que as competições no país parem durante o torneio, em julho, o que também desfalcará os times.

    Procurada para falar sobre a proposta, a CBF disse que não se trata de um calendário ainda fechado e que o tema foi apenas discutido.

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