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    Rogério Ceni iguala hoje marca de Pelé

    RAFAEL REIS
    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    20/11/2013 03h54

    São Paulo e Ponte Preta se enfrentam nesta noite, no Morumbi, em partida cuja importância vai além da semifinal da Copa Sul-Americana.

    Rogério Ceni, 40, jogará pela 1.116ª vez com a camisa tricolor e igualará o recorde mundial de jogos por um mesmo time, que é de Pelé.

    "Pelé é inigualável, não tem comparação", afirmou o goleiro e capitão são-paulino.

    Pelo menos quanto à identificação com um clube, não é o que pensa o Rei.

    "Acho que ele foi importante para o São Paulo como o Pelé foi para o Santos. E eu o admiro muito pelo exemplo de esportista que está sendo dentro e fora do campo", disse o ex-jogador à Folha.

    Assim como Pelé, Ceni dedicou praticamente toda sua carreira a um só clube e viveu seus tempos mais vitoriosos.

    O eterno camisa 10 santista só vestiu outro uniforme, além do da seleção brasileira, em partidas oficiais após 18 anos no clube da Baixada e da primeira aposentadoria.

    Pelé, bicampeão da Libertadores e Mundial pelo Santos, aceitou voltar a jogar futebol em 1975 e esticou a carreira por mais dois anos no New York Cosmos (EUA).

    Já o goleiro chegou ao São Paulo em 1990, aos 17 anos, vindo do Sinop-MT. E nunca mais saiu do Morumbi --apesar de ter sido afastado em 2001, acusado de ter forjado proposta do Arsenal-ING.

    Ao longo de 23 anos, conquistou 17 títulos oficiais. Entre eles, três Brasileiros consecutivos, duas Libertadores e dois Mundiais de Clubes.

    As defesas históricas, os 113 gols marcados como goleiro-artilheiro e o discurso alinhado ao da diretoria o transformaram em ídolo. Ou melhor, mito, como os são-paulinos se referem a ele.

    Ganhou um poder talvez inédito entre jogadores de futebol. Faz as preleções pré-jogo, tem canal direto com o presidente, já indicou reforços e diz que só no fim do ano vai informar à diretoria se continuará jogando em 2014.

    "Tivemos grande craques, Leônidas, Canhoteiro e Raí, mas nosso maior ídolo é o Rogério. Como ídolo de uma torcida, dá pra compará-lo ao Pelé", disse o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes.

    Mas, ao contrário de Pelé --95 gols pela seleção como jogador do Santos e três títulos em quatro Copas--, Ceni é jogador só de clube. Disputou duas Copas e até foi campeão em 2002, mas sempre na reserva brasileira.

    SEM FESTA

    A comemoração pelo recorde de Ceni só será feita no domingo, contra o Botafogo, no Morumbi, pelo Brasileiro, quando fizer o 1.117º jogo.

    Afinal, o confronto de hoje, o primeiro da semifinal, vale muito. Tanto que não sobra espaço para uma festa.

    O São Paulo quer vencer a Sul-Americana para não terminar o ano sem título e disputar a Libertadores em 2014.

    Além disso, o clima para a partida ficou pesado depois de que o clube pressionou a Conmebol para tirar a partida de volta do Moisés Lucarelli, casa da Ponte.

    Mesmo com condições físicas normais, Luis Fabiano deve ficar no banco. Aloísio e Ademilson formam a provável dupla de ataque.

    Editoria de Arte/Folhapress
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