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    Paulistas têm pior momento no Brasileiro desde 1988

    ALEX SABINO
    LUIS COSENZO
    DE SÃO PAULO

    26/11/2013 03h00

    Na última vez que os paulistas foram tão mal no Campeonato Brasileiro, Cilinho era técnico do São Paulo. Neto estava no Palmeiras e não havia sido contratado pelo Corinthians. O camisa 10 do Santos era o hoje esquecido Marco Antônio Cipó.

    Isso era 1988. De lá para cá, sempre houve um paulista no G4 do Brasileiro. Até este ano.

    Os dirigentes tentam encontrar explicações. Nem sempre aceitas por jogadores que passaram pelas quatro grandes equipes do estado.
    "Santos e São Paulo fizeram contratações que não deram certo. O Corinthians se acomodou. Achou que poderia arrancar para o título quando quisesse", acredita o comentarista Muller, do canal SporTV.

    Como atacante, atuou por Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.

    Ele faz parte de grupo em que também estão Antonio Carlos Zago, Neto e César Sampaio. Jogaram pelos quatro grandes do estado. Ouvidos pela Folha, adotaram tom de crítica.

    "O Corinthians achou que ganhar o Mundial era o bastante. E como dizer que não era? Mas, ao mesmo tempo, era preciso ver que a equipe precisava de renovação. Tinha de trocar algumas peças", disse Zago, ex-zagueiro e hoje auxiliar do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A saída que restou para o futebol paulista ter um representante na Libertadores em 2014 é a Copa Sul-Americana. Uma competição que, até alguns anos atrás, era solenemente desprezada.

    Ponte Preta e São Paulo decidem, amanhã, uma vaga na final. O campeão se garante no principal torneio continental no próximo ano. Em penúltimo no Campeonato Brasileiro, o time de Campinas está à beira do rebaixamento. Risco que ainda ronda a Portuguesa.

    "Corinthians, Santos e São Paulo cometeram erros dos mais variados. Não dá para acreditar que o Pato não é titular do Corinthians, por exemplo", defende Neto, hoje comentarista da Band.

    BASE MONTADA

    A defesa dos cartolas é o futuro. Eles falam em base formada para a próxima temporada. Ao mesmo tempo, reconhecem que algumas contratações não deram certo.
    "Estamos pagando pelo primeiro semestre, que foi ruim. Algumas das nossas apostas não deram o resultado esperado", afirma o vice de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.

    O Santos ainda tem uma explicação a mais: a venda de Neymar. "Mesmo assim, temos base montada para 2014. Este ano foi de transição", defende o presidente santista, Odílio Rodrigues. Se vencer nas duas rodadas finais, a equipe pode terminar como o melhor paulista: em 6º.

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