Os clubes decidiram endurecer com o Bom Senso F.C, grupo de jogadores que pedem mudanças no futebol.

Após mais de quatro horas de reunião na sede da CBF, ontem, representantes da comissão de times da primeira divisão apresentaram uma série de medidas para desonerar gastos com os atletas.

Pediram também alterações na Lei Pelé, que acabou com o passe no futebol desde o final dos anos 90.

No documento assinado pelos cartolas de seis clubes, os dirigentes entendem que o governo deve "incluir modificações na legislação referente à recuperação de atletas afastados por contusões e a definição de remuneração por produtividade".

Também propõem a "limitação de comissão de agentes de jogadores por transações e alteração na Lei Pelé para preservação dos direitos dos clubes formadores".

De acordo com a legislação atual, o time tem direito ao percentual de 5% nas negociações envolvendo atletas formados por ele.

Os cartolas não informaram a proposta para preservar os "direitos dos clubes formadores".

Segundo o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, os clubes querem pressionar o governo federal a obrigar as empresas do setor a criarem um seguro que vai cobrir o salário dos atletas em caso de contusão.

O seguro, que já existe na Europa, é previsto pela legislação brasileira, mas as seguradoras do país não oferecem ao mercado.

	Rafael Ribeiro/CBF
	Marin (de gravata vermelha) e cartolas se reúnem na CBF