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    Oposição do São Paulo boicota reunião, e reforma do Morumbi fica indefinida

    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    17/12/2013 22h05 - Atualizado às 23h40

    A diretoria do São Paulo esperava aprovar na noite desta terça-feira o projeto de reforma do Morumbi, mas a votação programada para às 20h não ocorreu por falta de quórum no salão nobre na sede do clube.

    Para a votação acontecer, deveriam estar presentes ao menos 177 dos 235 conselheiros do São Paulo (75%), conforme determina o estatuto social do clube.

    Um dos motivos para a reunião ficar esvaziada foi um boicote organizado pelos conselheiros da oposição, aliados ao candidato à presidência Kalil Rocha Abdalla.

    Eles argumentam que não tiveram acesso ao contrato com a construtora Andrade Gutierrez, responsável pela reforma do estádio, e que por isso não poderiam votar.

    "Somos a favor do projeto, mas não concordamos com os caminhos. Não é possível definir um assunto dessa importância em uma reunião às vésperas do Natal, sem transparência", disse Marco Aurélio Cunha, vereador da cidade de São Paulo pelo PSD e um dos membros da oposição.

    De acordo com o cartola, que rompeu com a diretoria atual do São Paulo no início de 2011, a oposição deseja agendar nova reunião para conhecer o contrato. Somente depois aceitará votar.

    Júlio Casares, vice-presidente de comunicação e marketing do clube e aliado do presidente Juvenal Juvêncio, minimizou o boicote da oposição e rebateu as críticas.

    "Entraram 138 conselheiros e 29 ficaram fora. Não haveria quórum mesmo com todos presentes. Há uma conotação política nessa discussão. Aqueles que boicotam esse projeto estão obstruindo um legado histórico para o clube", afirmou Casares.

    Não há ainda uma nova data para a votação acontecer. A oposição deseja postergar para o próximo ano, enquanto a situação tem o interesse em definir logo o assunto.

    Em abril, o São Paulo terá eleição para presidente. Abdalla concorrerá com Carlos Miguel Aidar, candidato do presidente Juvenal Juvêncio, que vê a reforma como um dos legados da sua gestão.

    O projeto foi apresentado em 20 de dezembro de 2011, mas se arrasta desde então.

    Apesar de já existir um contrato firmado pela diretoria com a Andrade Gutierrez, ele terá validade após ser ratificado pelo conselho deliberativo do São Paulo. Só assim as obras podem ter início.

    A reforma prevê a construção de uma cobertura metálica para o Morumbi, dois prédios de estacionamento e uma arena de 28 mil lugares. Terá custo de R$ 460 milhões e duração de um ano e meio.

    Divulgação
    Maquete do estádio do Morumbi com a cobertura
    Maquete do estádio do Morumbi com a cobertura

    A REFORMA DO MORUMBI

    O projeto de reforma do Morumbi foi apresentado em 20 de dezembro de 2011. Em parceria com a construtora Andrade Gutierrez, o São Paulo previa a construção de uma cobertura metálica no estádio do Morumbi e um hotel perto do portão principal, na avenida Giovani Gronchi.

    Em agosto de 2012, o clube anunciou uma mudança importante no projeto. O hotel deixou de existir no projeto e deu lugar a dois prédios de estacionamento.

    Pelo contrato firmado com a diretoria e que aguarda aprovação, a Andrade Gutierrez poderá explorar comercialmente o estádio do Morumbi após a reforma por dez anos, com possibilidade de renovar por mais dez anos.

    O São Paulo não terá gastos com a obra, ficará com a receita total dos jogos no estádio, mas abrirá mão de receitas de eventos e shows promovidos pela construtora.

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