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    Marta pede ajuda ao Bom Senso por melhorias no futebol feminino

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

    13/01/2014 12h08

    O futebol feminino pode pegar carona nas reivindicações do Bom Senso F.C para melhor sua estrutura no país. E o movimento poderia também colocar em sua pauta as mulheres. A opinião é da principal jogadora do futebol feminino brasileiro, a meia Marta.

    Ela está em Zurique, na Suíça, onde disputa a final do prêmio de melhor jogadora de 2013 –ela concorre com a atacante norte-americana Abby Wambach e a goleira alemã Nadine Angerer. Marta já venceu por cinco vezes, de 2006 a 2010.

    "Quando se trata de Bom Senso, se for para o bem do futebol feminino, é uma coisa válida. Acho que temos [jogadoras] que explorar essas situações", disse a atleta.

    "Temos que brigar um pouco mais pelo espaço dentro do país, já está claro que o futebol feminino pode evoluir, já vem evoluindo em vários outros países, por que não no Brasil? Temos que buscar mais apoio", completou Marta.

    Fabrice Coffrin/AFP
    A brasileira Marta (centro) ao lado da alemã Nadine Angerer e da americana Abby Wambach
    A brasileira Marta (centro) ao lado da alemã Nadine Angerer (esq.) e da americana Abby Wambach

    O Bom Senso F.C. é um movimento de jogadores de futebol criado no final de setembro de 2013, e que pede melhorias principalmente no calendário, mas também melhor estruturação financeira dos clubes, para evitar atraso nos salários.

    Por enquanto, o Bom Senso não incluiu o futebol feminino em sua pauta. O Campeonato Brasileiro de mulheres é organizado pela CBF, teve 20 equipes em 2013 mas é deficitário e não tem a presença das principais jogadoras. Marta, por exemplo, joga na Suécia.

    COPA DO MUNDO E MANIFESTAÇÕES

    Marta evitou criticar a organização da Copa do Mundo de 2014. Ela é uma das embaixadoras da Fifa para o evento, que será realizado no Brasil entre 12 e 13 de junho.

    No domingo, em entrevista a uma rádio francesa, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que o atraso na entrega dos estádios para a Copa não permitirá que a Fifa realize os testes ideais pré-competição.

    "Polêmicas sempre irão existir quando um país como o Brasil, apaixonado por futebol, vai sediar uma Copa do Mundo. Mas isso não vai afetar a Copa. As críticas aconteceram na Copa das Confederações e deu tudo certo", disse.

    Perguntaram a Marta se ela apoiaria as manifestações populares que foram realizadas na época da Copa das Confederações e pode se repetir na Copa-2014. Ela criticou a atuação dos Black Blocks, grupo que promoveu vandalismo durante os protestos.

    "Sou a favor do progresso, tudo é válido, depende muito de que forma que estão fazendo essa manifestação. Muitos se juntaram para o progresso, mas aconteceu de uma forma pouco produtiva, bem destrutiva. Isso eu não apoio", disse.

    Para fechar, uma provocação de um jornalista estrangeiro: o maior medo para os brasileiros durante a Copa é ver o argentino Lionel Messi erguer o troféu em uma final contra o Brasil?

    "Não quero nem pensar nisso. Seria um pesadelo", disse Marta.

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