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    Fifa descarta que prorrogação na eleição do Bola de Ouro tenha alterado resultado

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

    13/01/2014 13h28

    Estender o prazo de votação do prêmio para o melhor jogador do mundo em 2013 por duas semanas não alterou o resultado que será anunciado ainda nesta segunda-feira (o evento começa às 15h30, de Brasília). A informação é da Fifa.

    Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, Lionel Messi, do Barcelona, e Franck Ribéry, do Bayern de Munique, disputam o troféu Bola de Ouro.

    Segundo Walter de Gregório, porta-voz da entidade, insinuações de que houve a prorrogação para favorecer jogador A ou B não são verdadeiras.

    A prorrogação aconteceu porque até 15 de novembro, data inicial para os capitães e técnicos das 209 associações filiadas da Fifa, e também alguns jornalistas, havia apenas 50% de votos recebidos, considerados insuficientes pela Fifa.

    Segundo o porta-voz da entidade, após a prorrogação a porcentagem de votos subiu para 88%. A Folha apurou que a entidade enviou comunicados a algumas associações cobrando o envio dos votos.

    "A empresa PWC faz auditoria do evento e fez um estudo mostrando que a colocação dos três primeiros não mudou entre 15 e 29 de novembro", disse Gregório.

    Nos últimos anos, alguns treinadores, como José Mourinho, e jogadores reclamaram do formato de votação e houve acusações, não comprovadas, de que atletas votaram em um nome e na hora da contagem apareceu outro.

    "Isso [votar em um atleta e na contagem aparecer outro] é impossível. Temos todos os originais dos votos, assinados por jogadores, capitãs e jornalistas, e se alguém disser que votou em um e apareceu outro podemos mostrar o documento", disse Gregório.

    O formato de votação pode mudar nos próximos anos, não porque há suspeita de alteração nas escolhas, mas para valorizar os números de temporada de um jogador.

    Cristiano Ronaldo teve uma temporada melhor do que Messi nos números em 2013, é o favorito para levar o prêmio logo mais, mas o "voto viciado", aquele em que técnicos e jogadores escolhem sempre o mesmo por comodidade, pode dar o troféu a Messi.

    A Fifa pode aumentar a participação de especialistas, por exemplo.

    Editoria de Arte/Folhapress
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