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    Sem destaque em campo, Brasil só brilha em festa com ex-jogadores e modelos

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

    13/01/2014 18h03

    Apesar de viver entre tapas e beijos com o país, por causa da preparação para a Copa-2014, a Fifa fez do Brasil o tema da festa para a entrega do prêmio de melhor jogador de 2013, realizada nesta segunda-feira em Zurique, na Suíça.

    O Brasil não teve nenhum jogador entre os candidatos ao prêmio de melhor do mundo, mas começou a roubar a atenção com a apresentadora, Fernanda Lima.

    A modelo, que já havia participado de dois eventos da Fifa, o último em dezembro, na Bahia, foi convidada para a apresentação, ao lado do ex-jogador holandês Ruud Gullit.

    Desta vez sem decote, que gerou polêmica em países islâmicos após o sorteio dos grupos da Copa-2014, Fernanda entrou no teatro onde foi realizada a festa com um vestido verde, longo, mais comportado.

    Pelé recebeu uma bola de ouro, por serviços prestados ao futebol e porque, em sua época, não havia premiação semelhante. Ele foi exaltado como único jogador três vezes campeão mundial (1958, 1962 e 1970).

    Ele chorou muito. O ex-jogador do Santos e da seleção brasileira se recupera de uma cirurgia no quadril, realizada no final de 2013, e anda com dificuldade.

    "Prometi a minha família que não ia chorar. Dedico esse prêmio a todos que me ajudaram na carreira, não somos nós. Temos que lembrar de todos, massagista, preparadores. Todos eles", disse Pelé, que depois entregou o prêmio de melhor jogador do ano de 2013 a Cristiano Ronaldo.

    A Fifa completou a "brasilidade" com a presença de ex-jogadores do país, como Amarildo, o substituto de Pelé na Copa de 1962 quando o camisa 10 se machucou, e Cafu, campeão em 1994 e capitão no pentacampeonato, em 2002.

    E Amarildo deu um show quando pegou o microfone, abordando diversos temas e fugindo do roteiro da festa. Falou que Copa -2014 a mancha negra que está sobre o Maracanã, por causa da Copa de 1950, acabará. Disse que torcida, pelo Brasil jogar em casa, não fará diferença, e que a responsabilidade é dos jogadores e brincou com Pelé, que pareceu sem graça.

    "Feliz por estar aqui ao lado do Cafu e do Pelé, apesar do Pelé ter me colocado naquela fogueira em 1962", disse o ex-jogador, de 74 anos, que atuou por Botafogo, Flamengo, Vasco e na Itália.

    Pelé se machucou na segunda partida daquela Copa, contra a Espanha, Amarildo o substituiu e fez uma ótima competição que acabou no segundo título brasileiro.

    Outra modelo brasileira, Adriana, também Lima, foi ao palco ao lado de Ronaldo e Neymar falar sobre a Copa. Ela apostou em uma final entre Brasil e Suíça, o que fez os presentes no teatro aplaudirem com entusiasmo. Tudo isso, claro, estava no roteiro.

    Ronaldo exaltou a preparação brasileira para o Mundial, apesar de críticas recentes na entrega dos estádios do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que estava no palco neste momento e, desta vez, preferiu elogiar os preparativos da Copa brasileira.

    Neymar, tímido, não fez previsão para uma final, mas disse que já conversou com Léo (Messi, seu companheiro de Barcelona), sobre uma decisão entre Brasil e Argentina. Com a seleção brasileira ganhando, é claro.

    Um vídeo com imagens de estádios, sedes, e de jogos da Copa das Confederações foi mostrado.

    "E aposto que faltarão ingressos para a Copa do Mundo", disse Valcke.

    O momento musical não teve um representante 100% nacional. O show foi com Marc Sway, músico nascido na Suíça, mas com mãe brasileira. Ele cantou em inglês, e apenas a introdução e o final em português (sem sotaque).

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