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    Briga com CBF divide diretoria da Portuguesa

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    22/01/2014 03h53

    Se em público o discurso é de unidade, a Portuguesa vive disputa nos bastidores a respeito da briga para voltar à Série A. Uma parte da diretoria quer ir à Justiça comum. Outra acha que o melhor é aceitar a queda e jogar a Série B.

    "Se há alguém que acha correto desistir, tem de vir a público e dizer. É algo que eu não aceito", afirma o vice-presidente jurídico, Orlando Cordeiro. Ele defende a tese de que a Portuguesa deve acionar a Justiça ou ir ao CAS (Corte Arbitral do Esporte).

    A Folha apurou que um dos argumentos dos que não querem levar a luta adiante é a questão financeira, que preocupa o presidente Ilídio Lico.

    Ele pediu adiantamento de receita à CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A entidade condiciona o empréstimo de R$ 4 milhões à assinatura de documento no qual o time aceita o rebaixamento.

    "Não posso ser impulsivo. Tenho um clube para administrar", diz Lico, que antes havia dito que o clube "lutaria até a morte" pela vaga na Série A.

    Diante da divergência na diretoria causada pelo vazamento do documento, divulgado pela ESPN Brasil, ele afirma que a Portuguesa quer os R$ 4 milhões. "Nós precisamos desse dinheiro."

    O temor é que, no futuro, se o clube tiver de pedir nova ajuda à CBF ou à FPF (Federação Paulista de Futebol), as portas estejam fechadas.

    A Lusa terminou 2013 devendo salários. Até mesmo para Héverton, pivô do rebaixamento por ter sido escalado irregularmente na última rodada.

    "Eu já falei várias vezes ao presidente [Ilídio Lico] que nós precisamos ir à Justiça comum", diz Cordeiro. Quando questionado sobre a resposta, o advogado dá de ombros: "Ele não responde nada."

    Na tarde desta quarta-feira, os dirigentes vão entregar o documento enviado pela CBF ao promotor Roberto Senise. Ele investiga se o rebaixamento da Lusa feriu o Estatuto do Torcedor.
    A CBF diz que o clube pediu adiantamento de receita de TV da Série B e só poderia receber se disputar o torneio.

    Na terça, os três pedidos de liminares de torcedores foram negados, com o argumento de que quem deve entrar com a ação é a Portuguesa. Um deles foi feito pelo filho do ex-presidente Manuel da Lupa

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