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    Santos vai à Justiça para ver acordos entre Neymar e Barcelona

    RAFAEL REIS
    ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

    29/01/2014 18h40

    O Santos solicitou à Justiça ter acesso pleno a todos os documentos dos acordos comerciais selados pelo pai de Neymar, Neymar da Silva, e o Barcelona.

    O presidente em exercício Odílio Rodrigues afirmou que o clube paulista quer saber se tem direito a ficar com parte dos mais de 100 milhões de euros (R$ 333 milhões) que o atacante irá receber durante os cinco anos do contrato com a equipe catalã.

    "Não dizemos que fomos lesados. Se isso [esse valor] se refere a luvas, salários, comissão para o agente Neymar, o dinheiro legitimamente é dele. Agora, se entendermos que o dinheiro caracteriza a transferência de Neymar, vamos pleitear nossos direitos", afirmou o mandatário.

    Segundo dados revelados pelo Barcelona na semana passada, o jogador e seu pai e agente, 105,2 milhões de euros (R$ 347 milhões) irão receber do time espanhol até o meio de 2018, quando termina seu contrato.

    Desse valor, 44 milhões de euros (R$ 146,6 milhões) são relativos a salários, 10 milhões de euros (R$ 33 milhões) de luvas pela assinatura do contrato. O Santos disse que não sabia desse pagamento.

    O restante, inclusive os polêmicos 10 milhões de euros pagos ainda em novembro de 2011, um ano e meio antes da transferência, são de acordos comerciais entre o clube e a N&N Sports, empresa do pai do atacante.

    Pela venda do jogador, o Santos recebeu apenas com 17,1 milhões de euros (R$ 57 milhões). Parte do dinheiro foi repassada a parceiros que detinham parte dos direitos econômicos do atleta.

    Segundo Rodrigues, o time brasileiro se surpreendeu quando soube que o Barcelona considerava como valor do negócio, fechado em maio do ano passado, 57 milhões de euros (R$ 190 milhões) e chegou a enviar um pedido de esclarecimento ao clube comprador.

    Na época, os espanhóis responderam que os 40 milhões de euros (R$ 133 milhões) de diferença entre o valor pago pelo Barcelona e recebido pelo Santos eram relativos a "acordos anteriores com outras partes".

    "Ainda entendemos que fizemos um bom negócio. Seis meses depois, ele teria a possibilidade de assinar um pré-contrato e sair de graça. Ainda tentamos ganhar um pouco mais que os 17,1 milhões de euros. O que mudou um pouco nossa visão foi termos visto que há uma diferença grande entre o que o Santos recebeu e o custo da negociação", completou Rodrigues.

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