"A violência está espalhada em toda sociedade. Quem já não deu um murro na cara do outro?". Foi assim que o presidente da torcida organizada Gaviões da Fiel, Wagner da Costa, questionou a ideia da violência associada às organizadas.
No último sábado, cerca de cem torcedores do Corinthians invadiram o centro de treinamento Joaquim Grava para protestar contra o rendimento da equipe.
A invasão resultou na destruição dos carros do zagueiro Paulo André e do auxiliar de preparação física Flávio Grava, filho do médico Joaquim Grava. Três celulares, um deles que pertencia ao meia Ramírez, e um rádio foram roubados. Uma porta de vidro do local foi quebrada.
Costa, 30, que dirige também a escola de samba, afirmou que repudia atos de violência e vandalismo, mas que "estava na hora de fazer um protesto".
Conhecido como "B.O.", abreviação de "Boneco de Olinda" por conta do porte físico que lembra o jogador italiano Mario Balotelli, o dirigente da Gaviões da Fiel é acusado por suposto envolvimento em briga com torcedores do Palmeiras, que resultou na morte de André Alves Leso e Guilherme Vinicius Jovanelli, em 2005.
Segundo ele, o protesto ocorreu de forma espontânea sem a participação de qualquer organizada. "É como os rolezinhos. Um chamando o outro pela rede social", diz.
"Lógico que tinha torcedor organizado, se não estaria mentindo", afirma. "Mas não sabemos quem participou."
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