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    Temos que repudiar essa prática absurda de racismo, diz CBF

    DE SÃO PAULO

    13/02/2014 13h41

    A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) emitiu uma nota nesta quinta-feira que repudia "qualquer forma de preconceito dentro de fora de campo".

    A nota foi em referência aos atos racistas sofridas pelo volante Tinga, do Cruzeiro, durante o jogo contra o Real Garcilaso, na quarta-feira, em Huancayo, no Peru, pela primeira rodada do Grupo 5 da Taça Libertadores da América.

    Na nota, a entidade manifesta sua solidariedade ao jogador e aos dirigentes do Cruzeiro pelo lamentável episódio ocorrido. Ela ainda cita outros jogadores brasileiros que sofreram racismo como Neymar, Marcelo, Diego Maurício, Roberto Carlos, Hulk.

    "Não só como presidente da CBF, mas, sobretudo como amante do futebol, tenho o dever de repudiar essa prática absurda de racismo que continua acontecendo nos estádios. O futebol é símbolo de congraçamento, de alegria e não de demonstrações de preconceito e intolerância", disse José Maria Marin, presidente da CBF.

    Tinga sofreu com os atos racistas assim que entrou em campo aos 20 min do segundo tempo no lugar de Ricardo Goulart. Sempre que o jogador tocava na bola, a torcida adversária fazia gestos e sons imitando macaco.

    Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff já tinha manifestado apoio ao volante através de seu Twitter. Ela escreveu que "o Brasil inteiro está #FechadoComOTinga" e que "o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito".

    Após o jogo, o volante afirmou que "trocaria todos os títulos pelo fim do preconceito. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes". Tinga tem em seu currículo dois títulos da Libertadores (2006 e 2010), um Campeonato Brasileiro (2013) e é bicampeão da Copa do Brasil (1997 e 2001).

    A Conmebol se manifestou através de seu Twitter sobre as ofensas racistas da torcida peruana. A entidade afirmou que os atos são repudiantes e que analisará o tema e possíveis punições.

    O Cruzeiro já anunciou que entrará com uma representação junto a Conmebol. Além das ofensas ao meio-campista Tinga, o clube mineiro afirmou que relatará a entidade diversos problemas vivenciados em Huancayo.

    Luka Gonzales/AFP
    Tinga (dir.), do Cruzeiro, disputa bola com Ramon Rodriguez, do Real Garcilaso
    Tinga (dir.), do Cruzeiro, disputa bola com Ramon Rodriguez, do Real Garcilaso
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