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    Brasileira acerta saltos simples, chora e homenageia Lais Souza em Sochi

    DE SÃO PAULO

    14/02/2014 12h57

    Franck Fife/AFP
    Josi Santos salta na prova de esqui aéreo em Sochi nesta sexta-feira
    Josi Santos salta na prova de esqui aéreo em Sochi nesta sexta-feira

    A esquiadora Josi Santos, 29, cumpriu o que esperava na Olimpíada de Inverno: acertou seus saltos, sem se preocupar com o resultado.

    Com a exibição de menor dificuldade entre as 23 competidoras, a ex-ginasta brasileira ficou na 20ª colocação no primeiro salto e com a pior nota no segundo. Ela terminou em 22º, a última colocada Nadiya Didenko, da Ucrânia, não saltou e ficou sem nota.

    Logo após concluir o primeiro salto e conseguir aterrissar em segurança, o que era uma de suas preocupações, Josi foi até uma câmera de TV, fez um "L" com os dedos e gritou "Força, Lais".

    No segundo salto, ao concluir a prova, primeiramente sorriu e acenou para o público que a aplaudia. Em seguida, ainda na pista, começou a chorar e repetiu o gesto e a mensagem para a também ex-ginasta Lais Souza, que foi companheira de Josi nos sete meses de preparação para a Olimpíada de Sochi.

    Lais sofreu um acidente esquiando, a passeio, nos Estados Unidos e, desde 27 de janeiro está internada, agora em um hospital de Miami.

    Josi contou à Folha que fala diariamente com a amiga, que assiste aos Jogos de Inverno pela TV. Segundo a esquiadora, as "boas notícias" sobre Lais "chegarão logo".

    Sobre o choro, após a competição, disse que foi um desabafo.

    "Desabafei tudo que passei nestas duas semanas para cá [desde o acidente de Lais]. Não foi fácil, foram duas semanas bem pesadas para mim, com ajuda de psicólogo, terapeuta, pessoal me dando aquele apoio. E esta semana ainda machuquei meu joelho novamente. Pedi pelo amor de Deus aos médicos que não queriam me deixar competir", disse ao Sportv.

    Além de ser novata na modalidade, Josi enfrentava outra rival desde dezembro: uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.

    Ainda ao Sportv, Josi disse que vai seguir na modalidade até a próxima Olimpíada de Inverno, em Pyeongchang, na Coreia do Sul. "Quero chegar em 2018 para disputar medalha", afirmou.

    A PROVA

    Como Josi foi a única atleta a saltar na menor das rampas (a que tem 2,10 m de altura), era esperado que fosse a última colocada.

    No entanto, com a queda de diversas esquiadoras na aterrissagem, Josi ganhou posições. A maior parte das rivais escolheu as rampas de dificuldade intermediária (com 3,60 m de altura).

    A brasileira fez o primeiro salto com um mortal simples para trás, com as pernas agrupadas, e, o segundo, igual, mas com as pernas estendidas.

    No primeiro, ela conseguiu a nota 49,60. Ficou na 20ª posição geral, à frente de uma atleta da Suíça, uma de Belarus e uma da Ucrânia, esta desclassificada, eliminada sem nota.

    No segundo salto, ela fez 48,17, a pior nota entre as 16 atletas que saltaram. Como as seis primeiras da primeira qualificatória não precisaram saltar, Josi ficou na 16ª posição na segunda parte da qualificatória.

    A primeira colocada nas qualificatórias foi a norte-americana Ashley Caldwell, com a nota 101,25.

    São cinco árbitros que dão notas para o salto (vale 20%), manobra (50%) e aterrissagem (30%).

    As rampas mais altas (com até 4,20) foram responsáveis por impulsionar os saltos das melhores classificadas nesta primeira fase, que levaram 12 atletas para as finais que acontecem ainda na tarde desta sexta-feira.

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