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    Não temos como segurar torcedor, diz presidente da Conmebol sobre racismo

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

    18/02/2014 11h16

    O presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Eugenio Figueredo, repudiou o caso de racismo contra o volante Tinga, do Cruzeiro, em jogo da última quarta-feira, no Peru, mas ressaltou as dificuldades em conter as atitudes dos torcedores.

    O jogador do time mineiro entrou aos 20 min do segundo tempo na derrota por 2 a 1 para o Real Garcilaso, pela Taça Libertadores, em Huancayo, a 300 km de Lima (Peru). Quando tocava na bola, a torcida imitava macacos.

    "A Conmebol se preocupa, mas o racismo não está ligado só ao futebol. Isso acontece em diversas áreas. E nesse caso específico, não foi de jogadores. Foi um ato racista de torcedores. Não temos como segurar torcedores. Mas a Conmebol lamenta que isso ainda aconteça em estádio de futebol", disse Figueredo, que está em Florianópolis para acompanhar o seminário das seleções que jogarão a Copa do Mundo, realizado pela Fifa.

    O mandatário da entidade, que não determina a possível pena ao Real Garcilaso, ressaltou ainda que o caso está sendo analisado pela Unidade Disciplinar da Conmebol.

    A Folha apurou que a orientação do Comitê Disciplinar da Fifa, que serve de base para as confederações, em casos de racismo envolvendo torcedores é o de, na primeira vez, punir o clube com multa e obrigá-lo atuar com portões fechados.

    Apenas na reincidência o time é punido mais severamente, com perda de pontos, rebaixamento e até eliminação da competição.

    Cinco casos de racismo julgados por Fifa e pela Uefa (União Europeia de Futebol), em 2013, semelhantes ao de Tinga, resultaram em jogos com portões fechados.

    No ano passado, o combate ao racismo foi considerado prioridade para a Fifa, que criou um código com as possíveis punições.

    Marcel Rizzo/Folhapress
    O presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, durante entrevista em Florianópolis
    O presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, durante entrevista em Florianópolis

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