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    Mais complexos, motores da F-1 viram motivos de dor de cabeça para equipes

    TATIANA CUNHA
    DE SÃO PAULO

    20/02/2014 03h10

    Em apenas três semanas os carros da F-1 estarão na pista do Albert Park para os primeiros treinos livres do GP da Austrália, etapa de abertura do Mundial de F-1 deste ano.

    Apesar do curto tempo, engenheiros e pilotos sofrem para entender a maior novidade da temporada, as unidades de potência, nome dado aos motores neste ano devido à complexidade e à quantidade de elementos que terão.

    Por mais que o regulamento tenha mudado nos últimos anos, nunca na história da categoria houve uma mudança tão radical no que diz respeito aos propulsores usados.

    Saíram os V8 de 2,4 litros utilizados até o ano passado para a entrada dos V6 turbo de 1,6 litro. As novidades não param aí. Além de impulsionados pelo motor, em 2014 os carros também terão outra "ajuda", a do ERS, sistema que irá recuperar as energias cinética (das freadas) e térmica (dos gases do escape).

    Justamente por isso, novos elementos foram acoplados aos propulsores e deram origem às unidades de potência.

    Não por coincidência, são elas as principais causas dos problemas enfrentados pelos times nesta pré-temporada.

    Surpresa até agora apenas o fato de a Renault, fabricante de motores campeã com a Red Bull nas últimas quatro temporadas, ter sido a que mais problemas enfrentou.

    Nos primeiros testes na Espanha, há duas semanas, os carros equipados com propulsores franceses deram apenas 151 voltas. Muito pouco se comparado às 875 da Mercedes e às 444 da Ferrari.

    Ontem, no Bahrein, no primeiro de quatro dias de treinos, foi igual. As equipes da Renault andaram pouco, exceto a Caterham, que completou 68 voltas. A Red Bull, com Sebastian Vettel, deu só 14 voltas. A Lotus fez oito giros, e a Toro Rosso, cinco –os times de Mercedes fizeram 238 voltas e os de Ferrari, 149.

    A impossibilidade de acumular milhagem antes do começo do Mundial acabou gerando um jogo de empurra entre as equipes e a Renault.

    "Acho que algumas coisas foram 'culpa' da Red Bull, como confiabilidade, temperatura do carro em geral, mas também há falhas no lado da Renault", disse Vettel ontem. "Não é justo separarmos os dois, pois fomos bem-sucedidos nos últimos anos juntos."

    Já a montadora francesa diz que os problemas que surgiram em Jerez foram solucionados e que o motivo de os times não terem treinado mais ontem não é culpa deles.

    "Tentamos deixar tudo pronto para o primeiro dia de testes e podemos dizer que nossas unidades de potência estavam prontas para funcionar o quanto fosse exigido", rebateu Remi Taffin, chefe de operações de pista da Renault.

    Com as agências de notícias

    Editoria de Arte/Folhapress
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