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    Para o COB, denúncia mancha história do vôlei e preocupa para a Rio-2016

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO

    12/03/2014 13h30

    O superintendente executivo de esportes do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Marcus Vinícius Freire, afirmou que a entidade ainda acompanha a distância a crise que atinge o vôlei nacional.

    O chefão da entidade que rege o esporte nacional de alto rendimento descartou que o comitê interfira na Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), que anunciou que vai contratar uma auditoria externa para avaliar contratos de terceirização de serviços dela.

    Bartlomiej Zborowski - 27.jan.2014/Efe
    Ary Graça Filho, presidente da FIVB
    Ary Graça Filho, presidente da FIVB

    A decisão ocorre após denúncias feitas pela ESPN Brasil, revelando que empresas de dirigentes da própria CBV e da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), hoje presidida pelo brasileiro Ary Graça Filho, receberam R$ 10 milhões cada uma para prestação de serviços.

    Freire está nos Jogos Sul-Americanos de Santiago, no Chile. "Quando chegarmos ao Brasil vamos tentar nos atualizar e entender quais consequências isso terá ao esporte", disse.

    O dirigente acredita que os desdobramentos impactarão o desempenho e a estruturação para os Jogos do Rio. "Estamos apenas a 800 e poucos dias da Olimpíada do Rio, e nosso foco é obter cinco ou seis medalhas entre vôlei e vôlei de praia", afirmou Freire.

    Luiz Pires - 30.out.2011/Divulgação Vipcomm
    Marcus Vinícius Freire, superintendente do COB
    Marcus Vinícius Freire, superintendente do COB

    "Nós do COB sempre falamos que a CBV é uma confederação muito importante para nossas pretensões. Este é um episódio que mancha um pouquinho a história da nossa modalidade, com certeza", opinou.

    Ele próprio é ex-jogador de vôlei, e defendeu a seleção brasileira na conquista da medalha de prata nos Jogos de Los Angeles-1984. Mas disse não ter qualquer envolvimento com o escândalo. "Eu durmo tranquilo. Sou filho de militar, engenheiro, minha visão é outra."

    Por causa das denúncias, o ex-superintendente-geral da CBV, Marcos Pina, já foi afastado do cargo. Em seu lugar está Neuri Barbieri, presidente da Federação Paranaense de Vôlei.

    Já o Ministério do Esporte respondeu à Folha que está acompanhando a crise no vôlei e aguarda os esclarecimentos das partes envolvidas.

    "Qualquer providência será tomada após esclarecimento dos fatos. Importante ressaltar que as questões não envolvem recursos do Ministério", disse, por meio de nota.

    O treinador da seleção masculina do Brasil, Bernardinho, disse por meio da assessoria de imprensa do clube que dirige que "a situação é lamentável, mas a nova equipe de gestão da CBV está tomando as medidas corretivas e necessárias". "Eles merecem um voto de confiança", afirmou o técnico da equipe feminina do Rio.

    Já o treinador da seleção feminina do Brasil, José Roberto Guimarães, não quis comentar as denúncias. Por meio da assessoria de imprensa da equipe feminina de Campinas, que ele dirige, o treinador informou que não vai se posicionar até de conhecer toda a história.

    O repórter PAULO ROBERTO CONDE viaja a convite do Comitê Olímpico Brasileiro

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