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    CGU determina abertura de investigação de contratos da CBV

    DE BRASÍLIA
    DE SÃO PAULO

    16/03/2014 17h57

    A CGU (Controladoria-Geral da União) determinou abertura de investigação sobre contratos assinados entre a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e o Banco do Brasil, com base em denúncias do canal ESPN.

    De acordo com reportagens da emissora, duas empresas de ex-dirigentes da confederação receberam R$ 10 milhões cada uma em comissões para intermediação de contratos de patrocínio com o banco estatal.

    "É uma denúncia bastante consistente", afirmou o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage. "Consideramos que já havia elementos que justificavam a abertura da investigação."

    Os contratos serão auditados pela Secretaria Federal de Controle Interno, que deve definir em breve o cronograma e quais serão os primeiros passos da investigação, segundo o ministro.

    A CBV já havia anunciado que vai contratar uma auditoria externa para avaliar os contratos da gestão de Ary Graça Filho, 70, que renunciou na semana passada ao cargo que ocupava desde 1997.

    Em nota, Graça negou todas acusações e disse que sua saída do cargo não está relacionada às denúncias.

    Ele estava licenciado da entidade desde que assumiu a presidência da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), em setembro de 2012. Graça ainda tinha influência nas decisões da CBV.

    Na primeira denúncia, a ESPN mostrou que a empresa SMP, do ex-superintendente geral da CBV Marcos Pina, recebeu R$ 10 milhões para intermediar contratos, como o do Banco do Branco, patrocinador da seleção nacional. Pina foi afastado do cargo após a revelação do caso.

    O banco e a CBV disseram que o contrato foi assinado diretamente entre as partes, sem intermediários. O Banco do Brasil também disse que "solicitou explicações à CBV e aguarda resposta".

    A segunda denúncia diz que a empresa S4G Gestão de Negócios, de Fábio Dias Azevedo, atual diretor geral da FIVB, recebeu outros R$ 10 milhões por dois contratos de prestação de serviços e assessoria comercial.

    Patrícia Santos - 8.jan.97/Folhapress
    Ary Graça Filho (à esq.) abraça Carlos Arthur Nuzman ao assumir a CBV em 1997
    Ary Graça Filho (à esq.) abraça Carlos Arthur Nuzman ao assumir a CBV em 1997
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