Benedito Geraldo Crispi, 67, o Benê, esteve nas duas sequências históricas de 26 vitórias da Superliga, a do Leite Moça em 1995/96 e do Osasco, neste temporada.
Supervisor-técnico de ambas as equipes, ele se define como "Zagallo da Superliga" devido aos oito títulos conquistados.
Após 20 anos de Superliga, Benê diz que o time de 1995/96 tinha mais qualidade técnica enquanto o de hoje é mais forte fisicamente, resultado das mudanças do vôlei.
Naquele tempo o jogo era mais lento, ainda existia a vantagem, o bloqueio era menos eficiente e o saque mais colocado do que forte.
Para Benê, o Osasco quebrar o recorde do Leite Moça é algo surpreendente. "Uma campanha absurda!", diz.
E se pudesse fazer uma seleção com jogadoras das duas equipes, ele diz que, com certeza, Thaisa teria vaga no que chamou de equipe de "gênias" dos anos 90.
"Thaisa jogaria ontem, hoje, amanhã. Na seleção da Rússia, do Brasil, qualquer uma. Ela é uma das melhores do mundo", afirma.
Já Sérgio Negrão, técnico tricampeão da Superliga com o Leite Moça, e Ana Paula, ex-central da equipe de Sorocaba e da seleção brasileira, acreditam que Thaisa, com 1,96 m, teria dificuldades naquela época, pois como não havia a posição de líbero, as centrais eram muito exigidas no passe e na recepção.
O time base que pode quebrar o recorde de vitórias nesta quinta-feira tem Fabíola, Thaisa, Sheilla, Adenízia, Camila Brait (líbero), Sanja e Caterina. Estas duas últimas, uma sérvia e a outra italiana, respectivamente, reforços para esta temporada.
Já o time base campeão invicto em 17 de março de 1996 era Fernanda Venturini, Ana Paula, Denise, Karen Negrão, Simone e Ricarda. Ana Moser, craque daquele time, havia se machucado no início da temporada.
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