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    Até rival aposta que Osasco quebra recorde de 18 anos na Superliga

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    20/03/2014 03h03

    "Eles merecem o recorde. Estará em boas mãos", antecipa-se Sergio Negrão.

    O jogo é nesta quinta-feira, às 19h, e abre as quartas de final da Superliga feminina de vôlei. Mas o técnico do Brasília já prevê a derrota para o Osasco.

    A queda histórica, porém, deve ser outra: a do recorde de 26 vitórias consecutivas que completou 18 anos nesta semana. A marca a ser batida é do Leite Moça, de Sorocaba, campeão invicto da Superliga de 1995/96, comandada justamente por Negrão.

    "Não estou preocupado, já falei com o Luizomar [de Moura]. Ser campeão invicto ainda é uma marca minha", recorda Negrão, provocando o treinador do Osasco que foi seu auxiliar em outros times.

    A sinceridade de Negrão faz sentido. O Brasília, oitavo colocado na fase de classificação, venceu dez e perdeu 16 jogos. E hoje ainda tem o desfalque da capitã Paula Pequeno e da levantadora Camila Adão na partida.

    Já o Osasco joga em casa após 26 vitórias, nenhuma derrota e 11 sets perdidos contra os outros 13 times. Se vencer, supera o Leite Moça que perdeu nove sets em competição que tinha dez equipes.

    "Lembro que após um jogo o diretor puxou nossa orelha porque tínhamos perdido um set e só ganhávamos de 3 a 0", lembra a central Ana Paula, um dos destaques daquele Leite Moça.

    A musa do vôlei, que hoje mora em Los Angeles (EUA), ao saber da chance de quebra do recorde, disse que não ia secar o time de Osasco.

    "Não vou torcer contra, apenas vou torcer a favor do Sérgio [Negrão] e da Leila", brinca Ana Paula, em referência à ex-companheira de seleção brasileira que é a presidente do clube brasiliense.

    Além do mesmo patrocinador (Nestlé), outra semelhança entre as equipes foi ter perdido jogadoras importantes antes do recorde. O Leite Moça ficou sem Ana Moser, sua principal atacante, já nas primeiras rodadas em 1995 devido à grave lesão no joelho.

    Atual vice-campeão, Osasco ficou sem Jaqueline (grávida, já teve seu filho) e Fernanda Garay (foi jogar no exterior) ainda no ano passado.

    "Esse ano é o que menos imaginava bater esse recorde. No começo, até ouvimos que não éramos favoritas. Isso deu motivação para mostrar a força do grupo", afirmaThaisa, destaque do Osasco ao lado de Sheilla, Adenízia e Camila Brait, todas da seleção como eram Ana Paula, Fernanda Venturini, Denise e Ricarda há 18 anos.

    "Aquela foi uma geração incrível, um time imbatível. O nosso é de guerreiras e tem passado dificuldades para vencer os jogos", diz Thaisa.

    "Ninguém se sentia estrela naquele time. Foi um ano perfeito, mas emocionalmente o título mais difícil [foram tri] pela ausência da Aninha [Moser]", recorda Ana Paula.

    NA TV
    Osasco x Brasília
    19h - Sportv

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