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    Valdivia brilha e se destaca em classificação do Palmeiras

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    28/03/2014 03h04

    Valdivia não fez gol nem deu assistência.

    Mas, conforme a torcida palmeirense gritou –exceto a organizada Mancha Alviverde, de quem é desafeto–, o meia chileno foi um "terror" no Pacaembu ontem.

    Muito além das boas estatísticas, Valdivia se sobressaiu por sua postura e dedicação na vitória por 2 a 0 sobre o Bragantino, que recolocou o Palmeiras em uma semifinal de Campeonato Paulista após dois anos de campanhas decepcionantes.

    Alan Kardec e Wesley fizeram os gols da vitória.

    O adversário será o Ituano, no mesmo estádio, às 18h30 de domingo.

    O resultado também acabou com o tabu do técnico Gilson Kleina, que ainda não havia passado por mata-matas desde sua chegada ao clube, em setembro de 2012.

    O primeiro gol veio aos 21 min do primeiro tempo, quando o Palmeiras já era muito superior ao Bragantino.

    Wesley bateu o escanteio, Gustavo se atrapalhou, e a bola sobrou para Alan Kardec empurrar para a rede.

    Kardec soma agora nove gols no Paulista. Empatado com Luis Fabiano, do São Paulo, e Leo Costa, do Rio Claro, é agora artilheiro do campeonato –seus dois concorrentes já foram eliminados.

    Com o gol, o Palmeiras apenas controlou o jogo, sem sustos, até o intervalo.

    "A gente precisa intensificar o ritmo na segunda etapa", pediu Bruno César, antes de descer para o vestiário. E assim foi.

    SHOW

    O Palmeiras voltou aceso para a segunda etapa. E aí começou o show de Valdivia.

    A primeira participação dele não foi das melhores.

    Um carrinho em disputa de bola com Francesco rendeu cartão amarelo ao jogador, que agora está pendurado com dois cartões.

    Dali em diante, o Mago, como é chamado pela torcida, só brilhou. Além das boas jogadas ofensivas, Valdivia recuou para marcar e ainda fez desarmes. Foram 11 no total, ficando atrás apenas dos jogadores de defesa. De 47 passes tentados, o meia chileno só errou nove.

    Foi após um desarme dele que surgiu o segundo gol do time do Palmeiras.

    Valdivia roubou a bola de Francesco e tocou para Bruno César cruzar. Após dividida de Leandro com o goleiro Defendi, a bola sobrou para Kardec, que passou para Wesley ampliar, aos 17 min.

    Mesmo com o 2 a 0, Valdivia continuava querendo jogo. E com dribles e provocações, ele conseguiu tirar os adversários do sério.

    Como quando passou a mão no rosto de Geandro, que o empurrara quando ele tentou um passe de calcanhar.

    "A Federação tem de ver isso aí porque o Valdivia dá porrada e ninguém faz nada", disse o volante Francesco, vítima preferida do jogador ao longo do jogo.

    Valdivia ainda daria mais um drible antes do apito final: passou correndo pelas dezenas de gravadores e microfones que o esperavam, na boca do túnel.

    "O Palmeiras foi bem hoje?", indagou um repórter.

    "Sim", foi tudo que disse o camisa 10 do Palmeiras, herói da classificação, antes de sumir escada abaixo.

    Adriano Vizoni/Folhapress
    O meia chileno Valdivia grita durante a vitória do Palmeiras sobre o Bragantino
    O meia chileno Valdivia grita durante a vitória do Palmeiras sobre o Bragantino

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