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    É uma atitude truculenta, diz ANJ após Ituano impedir Folha de entrar em treino

    DE SÃO PAULO

    08/04/2014 16h43

    A ANJ (Associação Nacional de Jornais) classificou como "truculenta e autoritária" a atitude do assessor de imprensa do Ituano, Acaz Fellegger, que impediu nesta terça-feira a reportagem da Folha de acompanhar o primeiro treino da equipe após a vitória sobre o Santos por 1 a 0, no último domingo, pela partida de ida da final do Campeonato Paulista.

    "Essa atitude de não concordar com o conteúdo publicado é uma discriminação, um desrespeito com o trabalho jornalístico. O assessor não está prejudicando apenas o veículo de comunicação, mas as pessoas de serem informadas", disse o diretor executivo da ANJ, Ricardo Pedreira.

    A Folha chegou ao estádio Novelli Júnior, em Itu, por volta das 9h30, e encontrou o portão de acesso fechado. De acordo com os funcionários, a entrada seria liberada após a permissão do assessor de imprensa.

    Na sequência, Fellegger se dirigiu ao portão de entrada e liberou outros veículos de comunicação. Porém, afirmou que a reportagem da Folha estava impedida de acompanhar a atividade.

    Segundo o assessor o motivo seria um "tratamento desigual" dos dois finalistas da competição. Ele alegou que o jornal publicou uma arte na edição desta terça-feira mostrando como o Ituano joga e o mesmo não foi feito com o Santos.

    Ele também citou reportagem publicada pelo site da Folha no dia 4 de abril que revelava que o Ituano iria para o primeiro jogo da decisão contra o Santos com sete jogadores pendurados, com dois cartões amarelos

    Nos dois casos, Felleger argumenta que o jornal deu tratamento diferenciado ao Ituano e ao Santos, já que não divulgou o esquema tático do Santos nem a relação de jogadores pendurados.

    A reportagem ainda tentou conversar com o assessor para explicar que o esquema tático que o Ituano jogou contra o Santos foi visto por repórteres, torcedores e debatidos em vários programas esportivos no domingo após o jogo e na segunda-feira.

    Já a Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos Estado de São Paulo) afirmou que vai levar o caso para a sindicância da entidade.

    "O Acaz Fellegger tem costume de fazer isso. Ele trabalha como se fosse um censor. Vou entrar em contato com o Ituano e documentar tudo", Luiz Ademar.

    Em nota, a Federação Paulista de Futebol diz que os profissionais de imprensa devem ser livres para exercer o seu trabalho.

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