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    Torcida do Ituano diz que Juninho Paulista resgatou identidade do clube

    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    14/04/2014 08h00

    Um dos chavões mais antigos do futebol diz que torcida não ganha jogo. Neste domingo, os jogadores do Ituano puderam comprovar esse ditado.

    Com 4.500 fãs no Pacaembu, o time de Itu até foi derrotado nos 90 minutos, mas venceu nos pênaltis e sagrou-se bicampeão do Estadual.

    E a torcida rubro-negra, que ficou apreensiva quase os 90 minutos, abafou os santistas, que tinham mais 30 mil presentes, com gritos de "Ah, o Pacaembu é nosso".

    Juninho Paulista, gestor do clube de Itu, e Doriva, técnico, também foram exaltados. "Juiz, ladrão, Galo campeão", também foi um dos gritos de protesto contra o árbitro.

    A maioria dos torcedores do Ituano vieram para São Paulo em ônibus das organizadas Galoucura e Torcida Jovem. Outros se organizaram e vieram em vans ou carros próprios.

    Mobilização assim somente no primeiro jogo da decisão, há uma semana, uma vez que na primeira fase do Estadual a média de público do Ituano foi 1.061 pagantes.

    Improvável que a massa vista no Pacaembu seja repetida já em julho, quando o time volta a campo para disputar a Série D do Brasileiro.

    "Nossa torcida participa pouco. Aqui no Pacaembu houve uma união por causa da fase. Mas O Juninho está resgatando a identidade do nosso clube", disse o comerciante Cláudio Campos, 55, natural de Itu e que chegou ao estádio às 13h.

    Ele não foi o único a se aventurar. Outros passaram toda a tarde de domingo no Pacaembu. Cuja única atração antes do jogo foi o show de João Bosco e Vinícius.

    "Valeu a pena. Nada paga a emoção. Eu vi o time ganhar o título em 2002, mas naquele ano não teve os grandes. Agora ganhamos contra eles", disse o funcionário público Pedro Iaquinto, 26.

    "É uma coisa que vai ser difícil se repetir. Tinha de presenciar no estádio. Ser campeão no Pacaembu contra um clube grande... A festa aqui no estádio só não será maior do que a de Itu, onde tudo é grande", disse o vendedor Fábio Rogério, 34.

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