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    Maior campeão olímpico, Phelps cansa de aposentadoria e volta a competir

    DE SÃO PAULO

    24/04/2014 03h00

    Christian Petersen/AFP
    O nadador americano Michael Phelps salta durante treino em piscina do Arizona (EUA)
    O nadador americano Michael Phelps salta durante treino em piscina do Arizona (EUA)

    Não se passaram nem sequer dois anos, e ele já se cansou da aposentadoria.

    Maior vencedor da história dos Jogos Olímpicos, com 18 ouros, o nadador americano Michael Phelps, 28, encerra nesta quinta-feira o seu período longe das competições, que anunciou logo após Londres-2012, e se junta a um time de ídolos como Pelé, Michael Schumacher e Muhammad Ali.

    O nadador reúne o dobro de ouros do que os quatro competidores que dividem a segunda posição, com nove cada: Carl Lewis e Paavo Nurmi, no atletismo, Larisa Latynina, na ginástica, e Mark Spitz, também na natação.

    Durante seu auge, tal era o domínio de Phelps nas piscinas que, em apenas uma edição da Olimpíada, a de Pequim-08, ele voltou para casa com nada menos que oito medalhas de ouro.

    Naquela edição, Phelps impôs novos recordes mundiais em quatro de cinco provas individuais que disputou.

    O retorno de Phelps acontece no Grand Prix de Mesa, no Arizona, competição do circuito americano que reúne atletas olímpicos (com transmissão do SporTV, às 21h).

    Nem caiu na piscina e sua volta já alimenta especulações sobre os planos do norte-americano em relação à Olimpíada do Rio, em 2016.Seria sua quinta edição.

    Seu retorno já é comparado ao de outros fenômenos que abandonaram o esporte e depois voltaram, como Michael Jordan, que já alçou a posição de lenda da NBA, a liga americana de basquete.

    Nessa volta, aonde Phelps pode chegar?

    Seu técnico, Bob Bowman, não cita planos ambiciosos. "Não há nenhum grande plano por trás da nossa participação em Mesa", disse. "Ele tem prazer em nadar, gosta do treinamento. Quer ver onde ele está [em termos atléticos]. Essa competição está mais ligada à diversão. Tem sido legal para mim vê-lo nadar só pelo prazer de fazê-lo."

    No entanto, Phelps tem levado a sério sua preparação, com sessões de treino cinco dias por semana nos últimos oito meses.

    Na cidade de Mesa, Phelps participa de duas provas: 50 m livre e 100 m borboleta. Iria nadar ainda os 100 m livre, mas desistiu. Segundo Bowman, ele pode participar de alguma outra prova -mais uma vez, "só por diversão".

    Nessa segunda fase de sua carreira, o americano participará de menos competições e nas provas mais curtas.

    Porém, o fenômeno das piscinas terá de lutar contra o efeito da idade -estará com 31 anos nos Jogos do Rio- e o fato de os nadadores se tornarem mais velozes entre uma Olimpíada e a seguinte.

    Se comparada à Olimpíada chinesa, o feito de de Phelps nos Jogos de Londres teve uma dimensão menor. Em 2012, em provas individuais, conquistou ouro nos 100 m borboleta e nos 200 m medley, além da medalha de prata nos 200 m borboleta.

    A volta às competições foi o bastante para Phelps colocar de lado, ao menos momentaneamente, as atividades em suas escolas de natação e em sua fundação.
    "Sempre tive objetivos", explicou Phelps. "E há algo que eu quero fazer agora"...

    NAUFRÁGIO?

    Para se qualificar para a Olimpíada do Rio, Phelps terá de evitar o destino do compatriota Spitz e o australiano Ian Thorpe, ganhador de cinco ouros olímpicos. Eles naufragaram, respectivamente, ao tentar vagas para os Jogos de Barcelona e o de Londres.

    Mas nada disso importa a Phelps ou a Bowman. "Seu legado está selado", resumiu o treinador sobre o pupilo.

    Christian Petersen/AFP
    Michael Phelps descansa durante treino em piscina na cidade de Mesa, no Arizona (EUA)
    Michael Phelps descansa durante treino em piscina na cidade de Mesa, no Arizona (EUA)

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