Se nenhum dos pilotos do grid da F-1 atual chegou a correr na mesma época de Ayrton Senna, morto há 20 anos, pelo menos cinco deles conseguiram de alguma maneira igualar um feito do brasileiro e sagraram-se campeões mundiais ao menos uma vez.

E, para todos eles, Senna teve um papel importante em suas trajetórias, seja no início de carreira ou mesmo com o legado que ele deixou.

Para Sebastian Vettel, 26, que já superou Senna em títulos –tem quatro contra três do brasileiro–, a influência veio bem antes de ele começar a sonhar em ser piloto.

"Senna sempre foi uma grande inspiração e foi a razão pela qual meu pai começou a ver F-1. Eu era muito novo quando ele morreu e só mais tarde, talvez nos últimos dois anos, eu tenha entendido de fato o que sua perda significou para o esporte, pois hoje trabalho com pessoas que o conheceram e que trabalharam com ele", disse o piloto da Red Bull.

Entre outros, o alemão trabalha com o projetista Adrian Newey, o mesmo que desenhava os carros de Senna na época da Williams.

Para Jenson Button, que tinha 14 anos quando o brasileiro sofreu seu acidente fatal em Imola, o que de mais importante ficou foi a mudança que a F-1 sofreu em termos de segurança nos anos que se seguiram à morte de Senna.

"Foi um dia horrível para todos, mas como dizem, às vezes é preciso que algo como aquilo, uma grande tragédia, aconteça para que o esporte mude para melhor", disse o piloto da McLaren.

Dentre os cinco campeões mundiais ainda em atividade na F-1, o mais fã de Senna é sem dúvida Lewis Hamilton, campeão em 2008. O inglês, de 29 anos, desde muito cedo, colecionava filmes, livros e qualquer objeto que fizesse referência ao brasileiro.

"Senna foi uma lenda do esporte e até hoje acho que a gente pode aprender com ele observando a maneira como ele encarava as corridas e como ele pilotava", afirmou

Como Hamilton, Fernando Alonso, também tem o sonho de ser comparado a Senna.

"Ele sempre foi uma inspiração para mim e ganhar três campeonatos seria a realização do meu sonho. Ele sempre foi meu ídolo e minha referência quando eu ainda estava nos tempos de kart", disse o piloto espanhol, 32, dono de dois títulos da F-1.

Até mesmo para Kimi Raikkonen, 34, famoso por não demonstrar suas emoções, a morte de Senna impactou.

"Aquele foi um momento muito triste para o mundo da F-1. Eu ainda estava na escola e mesmo que eu não me lembre muito sobre ele, aquele dia dia ficou marcado na minha memória. Senna foi uma referência para muitos que vieram depois dele", afirmou o ferrarista.

	Editoria de arte/Folhapress