Malcolm Glazer, dono do Manchester United, um dos times mais ricos do mundo, morreu nesta quarta-feira (28), em Tampa, nos Estados Unidos. Ele estava com 86 anos.

Não foi divulgada a causa da morte. Nota publicada no site do Tampa Bay Buccaneers, franquia de futebol americano do qual também era proprietário, disse apenas que a equipe vai continuar sendo administrada pela família.

Isso já vinha acontecendo há alguns anos porque as notícias eram que a saúde do patriarca estava se deteriorando. Os filhos Joel, Bryan e Ed são os responsáveis por administrar os negócios da família.

No mundo esportivo, Malcolm sempre foi figura controversa. Sua administração do Buccaneers irritava os torcedores, pela escassez de investimentos e o alto preço dos ingressos. Chegou a processar um pequeno grupo de fãs que fizeram protestos contra a política da franquia.

No Manchester United, após a compra da equipe, em 2005, Joel, Bryan e Ed tiveram de sair do estádio de Old Trafford dentro de um carro de polícia. Torcedores queriam agredi-los.

Malcolm, apesar de dono, jamais foi a Manchester e teve de ser convencido pelos filhos que investir no "soccer" (como o esporte nos Estados Unidos) era uma boa ideia.

	Eliot J. Schechter - 21.nov.04/AFP
	O empresário Malcolm Glazer caminha em Tampa Bay, na Flórida

A revolta da torcida era porque, para comprar o clube, a família Glazer fez empréstimos de 500 milhões de libras (R$ 1,8 bilhões em valores atuais), dando os bens do Manchester United como garantia.

Desde então, por causa da dívida e dos juros dos empréstimos bancários, a equipe investiu menos em reforços do que poderia, sendo mantida no topo pelo trabalho em longo prazo do técnico escocês Alex Ferguson.

Mesmo assim, o Manchester United continuou vencendo. Desde 2005, o time venceu cinco vezes o campeonato inglês, uma Liga dos Campeões da Europa e um Mundial de Clubes.