Comprado pelo Corinthians e com contrato renovado até 2018, Petros comemorou o novo acordo com uma frase que chamou a atenção da imprensa: o preconceito que sempre sofreu por causa do nome.

"A palavra bullying é moderna, mas eu venho sofrendo há muito tempo, na escola. Felizmente, sempre fui um cara muito bem resolvido", explicou.

O discurso de Petros é tão fluente que o diretor de futebol Ronaldo Ximenes brincou dizendo que ia nomeá-lo porta voz do Corinthians.

Sem qualquer timidez, ele revelou que havia pessoas dentro do Corinthians que não queriam sua contratação após o Campeonato Paulista. Constatou o quanto é difícil para um jogador desconhecido se firmar em time grande. Ainda mais se chamando Petros...

"Petros é um nome complicado, no Nordeste muito mais. As pessoas achavam um barato o colega de classe se chamar Petros. Mas eu não dou este tipo de liberdade para quem não me conhece", afirma o meia nascido em Juazeiro, na Bahia. "Hoje em dia, quando vou ao restaurante com um grupo, eu não dou meu nome. Peço para outra pessoa dar."

	Mauro Horita/Agif
	Petros durante treino do Corinthians

A personalidade do jogador nas entrevistas vai até dentro de campo. Ele virou titular da equipe de Mano Menezes com boas atuações, como aconteceu contra o Cruzeiro, no Canindé, antes da parada para a Copa do Mundo.

Nada mal para quem achava que estaria desempregado após o Penapolense ser eliminado na semifinal do Campeonato Paulista deste ano.

"Fiz uma bela partida contra o São Paulo e os eliminamos nas quartas. A gente ia pegar o Santos na Vila e eu estava preocupado. Não tinha aparecido nada. Sei que a concorrência é absurda. Às vezes é até desleal. Na verdade, o Fernando Garcia [o empresário do jogador] já tinha uma conversa com o Corinthians, mas não me disse nada. Estava arrumando as coisas para ir para a Bahia e ele me ligou. Falou para voltar para São Paulo porque seria apresentado no Corinthians", lembrou.