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    Na CBF, Gilmar Rinaldi terá como 1ª missão achar técnico para seleção

    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    18/07/2014 02h00

    Ex-empresário de jogadores, como Danilo (Corinthians), o novo coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, assumiu o cargo nesta quinta (17) com a promessa de rejuvenescer o time e priorizar o futebol coletivo.

    Campeão mundial em 1994, o reserva de Taffarel terá como primeiro desafio escolher o substituto de Luiz Felipe Scolari. Segundo o presidente da CBF, José Maria Marin, que também participará da decisão, o novo treinador será anunciado até terça.

    Gilmar adiantou que não será estrangeiro.

    Fabio Teixeira/Folhapress
    O ex-goleiro Gilmar Rinaldi durante apresentação como coordenador de seleções da CBF
    O ex-goleiro Gilmar Rinaldi durante apresentação como coordenador de seleções da CBF

    Em sua apresentação, o coordenador prometeu investir nas divisões de base e apontou a campeã da Copa de 2014 Alemanha como exemplo a ser seguido.

    Ele não escondeu o descontentamento com a dependência da seleção ao futebol de Neymar no Mundial, encerrado no domingo.

    "O momento é esse. Teremos a chance de fazer algo que muitos não tentaram fazer. A prioridade é a base. Vamos priorizar o coletivo, e não o individual", disse o gaúcho de Erechim de 55 anos.

    "Além da parte tática, o maior exemplo que a Alemanha me deu foi no primeiro jogo. Eles tinham um jogador que poderia bater o recorde de um brasileiro [Klose, maior artilheiros das Copas], eles estavam ganhando de 4 a 0 [de Portugal] e o treinador não o colocou em campo. Era para mostrar que o coletivo estava acima do individual".

    Gilmar considerou um erro os atletas chagarem ao Mineirão, para a semifinal contra os alemães, usando um boné com a inscrição "Força, Neymar". O atacante desfalcou o time depois de sofrer fratura na terceira vértebra no jogo anterior.

    "O que mais me incomodou no jogo com a Alemanha foi o boné. Não o boné, mas o que estava escrito ["Força, Neymar"]. Ali deveria ser "Força, Bernard" [que o substituiu]. No futebol, é tudo muito rápido, dinâmico", afirmou o ex-goleiro. No final, a seleção foi goleada pelos alemães por 7 a 1.

    Ele pretende trabalhar próximo de Alexandre Gallo, responsável pelas categorias de base da seleção e provável treinador do time nos Jogos Olímpicos de 2016.

    POUCA EXPERIÊNCIA

    Como jogador, Rinaldi defendeu o Inter-RS, o São Paulo e o Flamengo, além do Cerezo Osaka, do Japão.

    Na seleção, ele também conquistou a medalha de prata na Olimpíada de 1984.

    Depois de encerrar a carreira, foi observador dos adversários da seleção na Copa de 1998 e só atuou uma vez num cargo semelhante ao que ocupará na seleção. De 1999 a 2000, foi superintendente do futebol do Flamengo. Nesse período, o time foi campeão do Estadual do Rio e da Copa Mercosul.

    Ao deixar o clube, virou empresário e agenciou carreira de três jogadores em ascensão do Flamengo na ocasião, Adriano, Juan e Reinaldo.

    Durante a entrevista coletiva, o site da empresa do novo coordenador técnico foi retirado do ar. Com Gilmar na seleção, o empresário Álvaro Serdeira, que já trabalhava em parceria com o ex-goleiro, deverá gerenciar a carreira de parte dos atletas a partir de agora.

    "Quero deixar bem claro que minha atividade de agente de futebol não existe mais", disse o coordenador, que é ligado a Marco Polo del Nero, presidente eleito da CBF, e Reinaldo Bastos, que deverá substituir o cartola no comando da Federação Paulista.

    Editoria de arte/Folhapress

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