Cinco dias após o fim da Copa do Mundo, 27 das 32 seleções que disputaram a competição já sinalizaram os planos para o futuro. O Brasil está em um grupo minoritário, de 12 federações nacionais que preferiram trocar o comando das equipes.
A maioria, 15, prefere a manutenção das comissões técnicas, enquanto cinco ainda não têm situação definida.
Recomeçar é a palavra de ordem na CBF. Luiz Felipe Scolari foi demitido e seu substituto deve ser anunciado na próxima semana.
A posição brasileira é exceção entre os todos os classificados para as oitavas de final. Nenhuma outra federação sacou o técnico depois da Copa.
Campeão mundial, Joachim Löw saiu fortalecido da competição e está confirmado na seleção alemã até o fim da Eurocopa de 2016.
Derrotada na final, a Argentina não sabe se Alejandro Sabella continuará no cargo. A federação quer a renovação do contrato, mas o técnico ainda não confirmou se continua.
Na Holanda, a mudança segue um planejamento. Louis van Gaal já havia divulgado antes da Copa que trocaria a seleção pelo Manchester United. Seu substituto, que herda uma equipe jovem, também já era conhecido: Guus Hiddink. Ele ficará até a Eurocopa, quando passa o bastão para Danny Blind.
Para Nigéria, Argélia, Grécia e Suíça, as mudanças no comando dos times passam pela renúncia dos técnicos.
Peter Powell - 17.jul.2014/Efe | ||
Louis van Gaal (esq.) é apresentado por Bobby Charlton no Manchester United |
Além da Van Gaal, apenas outros dois técnico que trabalharam no Mundial e que não permaneceram no cargo já estão empregados. Cesare Prandelli deixou a Itália para assumir o Galatasaray, da Turquia, enquanto o bósnio Vahid Halilhodzic saiu da Argélia e foi contratado pelo também turco Trabzonspor.
Curiosamente, a aposta na continuidade do trabalho é maior entre as seleções eliminadas na fase de grupos. Dos 16 técnicos, nove deles continuam no cargo, seis não permanecem e um aguarda definição.
As cinco seleções com situação indefinida estão na América Latina. Além da Argentina, a lista conta com Colômbia, Uruguai, Costa Rica e Equador. Com a Copa América em 2015, as federações correm contra o relógio.
QUEM PERMANECEU
Ange Postecoglu - Austrália
Didier Deschamps - França
Fabio Capello - Rússia
James Appiah - Gana
Joachim Löw - Alemanha
Jorge Sampaoli - Chile
Jürgen Klinsmann - Estados Unidos
Marc Wilmots - Bélgica
Miguel Herrera - México
Niko Kovac - Croácia
Paulo Bento - Portugal
Roy Hodgson - Inglaterra
Safet Susic - Bósnia-Herzegóvina
Vicente del Bosque - Espanha
Volker Finke - Camarões
QUEM SAIU
Alberto Zaccheroni - Japão
Carlos Queiroz - Irã
Cesare Prandelli - Itália
Fernando Santos - Grécia
Hong Myung-bo - Coreia do Sul
Louis van Gaal - Holanda
Luis Suárez - Honduras
Luiz Felipe Scolari - Brasil
Ottmar Hitzfeld - Suíça
Sabri Lamouchi - Costa do Marfim
Stephen Keshi - Nigéria
Vahid Halilhodzic - Argélia
SITUAÇÃO INDEFINIDA
Alejandro Sabella - Argentina
Jorge Luis Pinto - Costa Rica
José Pékerman - Colômbia
Oscar Tabárez - Uruguai
Reinaldo Rueda - Equador