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    Clubes brasileiros aumentam receitas, mas gastos turbinam suas dívidas

    DO PAINEL FC

    20/07/2014 02h00

    Editoria de Arte/Folhapress

    O vexame brasileiro na Copa acendeu os holofotes sobre a estrutura do futebol nacional. E o cenário notado nos clubes, pilares de sustentação do esporte, é nebuloso.

    Ao mesmo tempo que viram suas receitas serem turbinadas nos últimos anos, as agremiações conseguem gastar cada vez mais e aumentar as suas já enormes dívidas.

    Os clubes fecharam contratos milionários com a Rede Globo em 2011. A emissora negociou a compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e vitaminou o pagamento aos times.

    Cofres de Corinthians e Flamengo, por exemplo, chegaram a receber da televisão mais de R$ 100 milhões por ano. E a receita de TV, principal fonte de renda dos clubes, tornou-se cada vez mais essencial para a sobrevivência.

    Mas esse incremento fez com que os clubes, que já estavam repletos de dívidas, gastassem ainda mais com contratações e salários de jogadores e de treinadores.

    Em consequência dos gastos volumosos, os times não conseguiram pagar suas contas cotidianas –salários de astros atrasaram–, dirigentes apelaram a adiantamentos de receitas futuras (inclusive de direitos de transmissão) e os clubes sofrem hoje com dívidas impagáveis.

    Os débitos fiscais, que há anos os clubes não conseguem quitar –e muitos não pagam mensalmente–, compõem importante parcela do total devido. Os 12 maiores clubes somam R$ 1,7 bilhão de dívidas com o Fisco.

    Cartolas veem o projeto de lei que refinancia essas dívidas com prazo a perder de vista como a solução para os clubes respirarem. O texto aguarda votação na Câmara.

    "Há um problema de gestão. O passivo fiscal, as contingências trabalhistas e as dívidas bancárias são os maiores gastos", aponta Amir Somoggi, especialista em gestão esportiva.

    Editoria de Arte/Folhapress

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