Divulgação/FC Shakhtar Donetsk | ||
O meia-atacante Alex Teixeira (à esquerda), durante jogo do Shakhtar Donetsk |
-
-
Esporte
Monday, 06-May-2024 05:10:25 -03Dirigente ameaça atletas brasileiros que se recusam a voltar à Ucrânia
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
21/07/2014 13h53
Homem mais rico do país, o presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov, confirmou a ausência de cinco jogadores brasileiros e um argentino, mas cobrou o retorno deles ao clube ucraniano nesta segunda-feira (21).
Após um amistoso na França no sábado, o atacante Dentinho, o zagueiro Ismaily, os meias Fred, Douglas Costa e Alex Teixeira e o argentino Facundo Ferreyra não quiseram retornar à Ucrânia, supostamente com medo da escalada de violência.
Quinta-feira (17) um avião da Malaysia Airlines, em voo civil, caiu no leste do país, sob suspeitas de ter sido derrubado por um míssil.
Atual pentacampeão nacional, o Shakhtar Donetsk é sediado na região oriental da Ucrânia –perto da fronteira com a Rússia–, onde ocorrem confrontos de grupos separatistas.
"Não descarto que esses jogadores retornem à equipe rapidamente, e alguns deles já amanhã mesmo", disse Akhmetov em nota, na versão em língua portuguesa do site do clube.
O bilionário, dono do Shakhtar, advertiu que "os jogadores têm contratos que são obrigados a cumprir". "Se eles não vierem, penso que eles mesmos serão os primeiros a sofrer as consequências", afirmou.
"Cada um deles tem uma cláusula de rescisão de dezenas de milhões de euros. E se alguém quiser reduzir esse montante em um milhão que seja, então, estaremos no nosso direito de decidir como acharmos mais conveniente conforme a situação", acrescentou Akhmetov, que era aliado do presidente da Ucrânia deposto em fevereiro, Viktor Yanukovich.
Divulgação/shakhtar.com O presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov "Espero que o bom senso e o coração vençam o mal-entendido e os jogadores não sigam pelo caminho da tentação e do temor. Especialmente porque não há nada para temer. Estamos prontos para garantir segurança. Não vamos correr riscos e de modo algum vamos levar os jogadores para onde seja perigoso", acrescentou o dirigente.
Ele admitiu que, devido aos riscos, as partidas do time não ocorrerão em casa. "Queríamos muito jogar em Donetsk, mas, infelizmente, atualmente isso não é possível. Vamos jogar apenas nos locais onde nos permitirem: preferíamos Kharkov, mas a decisão sobre os locais de realização do campeonato é decidida pela Federação de Futebol da Ucrânia".
Além dos cinco atletas desertores, o Shakhtar conta com mais oito brasileiros: Bernard –que está em férias após defender a seleção na Copa do Mundo–, Wellington Nem, Fernando, Ilsinho, Marlos, Luiz Adriano, Taison e o auxiliar técnico Antônio Carlos Zago. Eduardo da Silva, que defendeu a Croácia no Mundial, acaba de se transferir ao Flamengo.
Durante a crise política, em março, foram criados planos de fuga para profissionais de futebol e seus familiares deixarem a Ucrânia caso fosse necessário.
Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -