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    Dirigente ameaça atletas brasileiros que se recusam a voltar à Ucrânia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    21/07/2014 13h53

    Divulgação/FC Shakhtar Donetsk
    O meia-atacante Alex Teixeira (à esquerda), durante jogo do Shakhtar Donetsk
    O meia-atacante Alex Teixeira (à esquerda), durante jogo do Shakhtar Donetsk

    Homem mais rico do país, o presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov, confirmou a ausência de cinco jogadores brasileiros e um argentino, mas cobrou o retorno deles ao clube ucraniano nesta segunda-feira (21).

    Após um amistoso na França no sábado, o atacante Dentinho, o zagueiro Ismaily, os meias Fred, Douglas Costa e Alex Teixeira e o argentino Facundo Ferreyra não quiseram retornar à Ucrânia, supostamente com medo da escalada de violência.

    Quinta-feira (17) um avião da Malaysia Airlines, em voo civil, caiu no leste do país, sob suspeitas de ter sido derrubado por um míssil.

    Atual pentacampeão nacional, o Shakhtar Donetsk é sediado na região oriental da Ucrânia –perto da fronteira com a Rússia–, onde ocorrem confrontos de grupos separatistas.

    "Não descarto que esses jogadores retornem à equipe rapidamente, e alguns deles já amanhã mesmo", disse Akhmetov em nota, na versão em língua portuguesa do site do clube.

    O bilionário, dono do Shakhtar, advertiu que "os jogadores têm contratos que são obrigados a cumprir". "Se eles não vierem, penso que eles mesmos serão os primeiros a sofrer as consequências", afirmou.

    "Cada um deles tem uma cláusula de rescisão de dezenas de milhões de euros. E se alguém quiser reduzir esse montante em um milhão que seja, então, estaremos no nosso direito de decidir como acharmos mais conveniente conforme a situação", acrescentou Akhmetov, que era aliado do presidente da Ucrânia deposto em fevereiro, Viktor Yanukovich.

    Divulgação/shakhtar.com
    O presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov
    O presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov

    "Espero que o bom senso e o coração vençam o mal-entendido e os jogadores não sigam pelo caminho da tentação e do temor. Especialmente porque não há nada para temer. Estamos prontos para garantir segurança. Não vamos correr riscos e de modo algum vamos levar os jogadores para onde seja perigoso", acrescentou o dirigente.

    Ele admitiu que, devido aos riscos, as partidas do time não ocorrerão em casa. "Queríamos muito jogar em Donetsk, mas, infelizmente, atualmente isso não é possível. Vamos jogar apenas nos locais onde nos permitirem: preferíamos Kharkov, mas a decisão sobre os locais de realização do campeonato é decidida pela Federação de Futebol da Ucrânia".

    Além dos cinco atletas desertores, o Shakhtar conta com mais oito brasileiros: Bernard –que está em férias após defender a seleção na Copa do Mundo–, Wellington Nem, Fernando, Ilsinho, Marlos, Luiz Adriano, Taison e o auxiliar técnico Antônio Carlos Zago. Eduardo da Silva, que defendeu a Croácia no Mundial, acaba de se transferir ao Flamengo.

    Durante a crise política, em março, foram criados planos de fuga para profissionais de futebol e seus familiares deixarem a Ucrânia caso fosse necessário.

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