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    Para Dunga, camisa não ganha jogo e a derrota na Copa-2010 ainda dói

    DE SÃO PAULO

    21/07/2014 17h48

    As seleções menos tradicionais não temem mais a camisa do Brasil, uma equipe nacional não pode depender só de uma estrela, a Alemanha é a seleção a ser admirada e a derrota do Brasil para a Holanda na Copa da África do Sul em 2010 ainda dói.

    Isso é o que disse, em linhas gerais, o técnico Dunga em entrevista concedida à agência alemã de notícias DPA e publicada pelo seu site oficial (www.capitaodunga.com.br) no dia 1º de julho, pouco antes do início da segunda fase da Copa do Mundo no Brasil.

    "Passou o tempo em que um jogador da Costa Rica olhava para um jogador da Argentina ou do Brasil e admirava sua camisa. Hoje em dia, eles saem para ganhar", disse Dunga,

    Para ele, as grandes seleções não vão mais vencer seus jogos apenas com o peso simbólico de suas camisas. "As equipes que não se prepararem adequadamente vão encontrar dificuldades. O intercâmbio de jogadores e treinadores de país para país significa que todas as equipes estão bem preparadas. É óbvio que algumas equipes são mais conhecidas do que outras, mas isso não é mais suficiente para ganhar."

    O treinador também criticou seleções que dependem exclusivamente de um jogador para irem bem em uma competição. "As equipes precisam de estrelas para ganhar jogos, mas as estrelas precisam das equipes para apoiá-las. Para ganhar a Copa do Mundo, você precisa de uma equipe adequada. Sem isso, será difícil", afirmou.

    "Muitas pessoas que trabalham no futebol, por vezes, constroem suas esperanças em torno de um jogador, muitas vezes por razões de marketing, e elas acreditam que este jogador vai resolver todos os problemas. Isso não é verdade. Sem trabalho adequado em equipe, você não pode ganhar", declarou.

    Antes de os jogadores brasileiros chorarem nos jogos contra o Chile (oitavas de final) e da pane diante da Alemanha, Dunga havia alertado que o equilíbrio emocional seria um fator decisivo na Copa. "A partir de agora, na fase de mata-mata, o fator emocional vai ter muita importância. Vamos ver que equipes estão mais bem preparadas nesse sentido."

    Dunga, que jogou pelo Stuttgart entre 1993 e 1995, também elogiou o futebol alemão, que acabou conquistando a Copa. "Eu gosto de seu estilo, que é altamente competitivo e eficiente. É inútil ter, como se diz no Brasil, muita fumaça, mas pouco fogo. Você tem que ser eficiente", disse.

    Sobre a derrota por 2 a 1 para a Holanda, de virada, nas quartas de final da Copa de 2010, na África do Sul –resultado que encerrou sua primeira passagem na seleção–, Dunga disse que ainda sente dor pela eliminação. "Sim, dói, mas eu prefiro não pensar sobre isso."

    Ricardo Duarte/Agência RBS
    Dunga deixa a sua residência em Porto Alegre às 14h desta segunda-feira (21)
    Dunga deixa a sua residência em Porto Alegre às 14h desta segunda-feira (21)
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