A Prefeitura do Rio planeja comprar até 700 mil ingressos dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e distribuí-los para pessoas carentes, sem condições de comprar as entradas, e para a rede básica de ensino do município.

O desejo do prefeito Eduardo Paes (PMDB) surgiu após a realização da Copa do Mundo. A ideia é "democratizar a experiência" para, no mínimo, 200 mil torcedores. O limite seriam os 700 mil.

Na Copa, foram vencidos cerca de 3,1 milhões de ingressos. Já para a Olimpíada do Rio os tíquetes comercializados devem chegar a 7,7 milhões, em 28 esportes.

Ainda não há data prevista para o início das vendas.

Em entrevista à Folha, o presidente do comitê organizador da Olimpíada do Rio, Carlos Arthur Nuzman, disse que a venda de ingressos para os Jogos de 2016 será alterado para não ocorrerem problemas semelhantes aos do Mundial da Fifa, que teve desdobramentos policiais.

A organização da Olimpíada já divulgou que o preço das entradas mais baratas será próxima aos US$ 30 (pouco mais de R$ 60), valor similar aos mais baixos da Copa.

Ou seja, se a Prefeitura comprar ingressos pelo menor valor pagaria aproximadamente R$ 46 milhões para ter o número máximo planejado para distribuição.

Para os Jogos de 2016 ainda não está definido se haverá cobrança de meia-entrada.

Em Londres, onde houve espaços vazios em algumas arenas, o Comitê Organizador dos Jogos de 2012 distribuiu 10 mil ingressos para as Forças Armadas britânicas. Também foram distribuídos 125 mil ingressos para estudantes de colégios da cidade e outros 50 mil para escolas que ficam fora da capital.

FESTA

Outra novidade que está sendo planejada pela Prefeitura do Rio para 2016 é a organização de espaços públicos, com telões, para os torcedores acompanharem as disputas olímpicas em diversos pontos da cidade.

Chamadas de "live sites", estas festas devem ser na área do Porto, no Parque Madureira e na Zona Oeste.

Copacabana, que teve cerca de 800 mil torcedores na arena da "Fan Fest" durante a Copa, receberá competições como vôlei de praia e triatlo.