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    Auxiliar pontual de Dunga, Mauro Silva já criticou CBF e rejeitou convocação

    RAFAEL REIS
    DE SÃO PAULO

    24/07/2014 02h00

    O primeiro assistente técnico pontual da segunda passagem de Dunga pelo comando da seleção já entrou em atrito com a CBF devido a publicidade de cerveja, abandonou o time antes de uma viagem por temer violência e até pouco tempo atrás detonava a administração da entidade.

    O ex-volante Mauro Silva, 46, irá reforçar a comissão técnica do seu companheiro de meio-campo do tetra, em 1994, nos dois primeiros amistosos do técnico, contra Colômbia e Equador, dias 5 e 9 de setembro, nos EUA.

    Editoria de arte/Folhapress

    Seu cargo não será fixo. Pelo contrário. A promessa do coordenador de seleções Gilmar Rinaldi, outro campeão de 20 anos atrás, é que o ocupante da função será renovado a cada partida do Brasil. E preferencialmente por outros ex-jogadores que conquistaram a Copa do Mundo.

    "Criamos o cargo para trazer auxiliares que estarão lá com uma só recomendação: serem críticos dos nossos trabalhos", afirmou Rinaldi.

    Se a intenção da dupla que comanda a seleção brasileira é mesmo aceitar vozes discordantes, Mauro Silva tem essa característica desde os tempos em que vestia a camisa amarela de número cinco.

    Após um afastamento de três anos da seleção, o ex-volante voltou a integrar o grupo do Brasil em 2001, pelas mãos de Luiz Felipe Scolari, que o elegeu para ser o líder do novo grupo que formava.

    Antes do jogo contra o Uruguai, que marcaria a estreia de Felipão, o então jogador colocou a CBF em saia justa ao afirmar que não queria ser "fotografado ou filmado com um copo ou uma garrafa de cerveja na mão", em referência ao contrato de patrocínio da entidade com a AmBev.

    No mesmo ano, provocou surpresa ao recusar a convocação para disputar a Copa América, na Colômbia, devido ao risco de atentados de grupos guerrilheiros das Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

    No torneio, Felipão sofreu a derrota mais dolorosa de sua primeira passagem pela seleção -para Honduras.

    Revelado pelo Guarani, Mauro Silva venceu o Paulista de 1990 pelo Bragantino e construiu uma história de 13 anos e 369 partidas no La Coruña, clube pelo qual conquistou o inédito título Espanhol de 2000 e que defendeu até 2005, quando decidiu encerrar sua carreira.

    Desde então, deixou o futebol em segundo plano. É dono de uma empresa de consultoria jurídica e esportiva. Mas sua principal atuação é o mercado imobiliário.

    As entrevistas pesadas, porém, continuaram. Há um ano e meio, detonou a administração da CBF, já presidida por José Maria Marin.

    "A prioridade não é o futebol. Os amistosos do Mano eram só para arrecadar. Se a prioridade não é o futebol, fica difícil. Hoje a CBF é um brinquedo de meia dúzia", afirmou à ESPN Brasil.

    Mas, depois do anúncio de que será assistente pontual da seleção, na quarta-feira (23) Mauro Silva não quis conceder entrevista.

    "Recebi o convite de dois amigos. Ainda não sei os detalhes. E não conversei com o Dunga sobre o que posso ou não falar", afirmou o ex-volante, que retornou as ligações da reportagem após várias tentativas de contato.

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