Em reunião realizada na manhã desta sexta (25) no 2º Batalhão da Polícia Militar, no bairro da Luz, a Polícia Militar definiu o esquema de segurança para o clássico de domingo (27) entre Corinthians e Palmeiras, o primeiro no Itaquerão, válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Na reunião, ficou definido que as torcidas uniformizadas do Palmeiras serão escoltadas por policiais e terão de ir ao estádio de ônibus. Metrô e CPTM serão reservados à torcida do Corinthians e aos palmeirenses 'comuns'.

Na reunião, a polícia pediu ainda para os palmeirenses 'comuns' não usem roupas que possam identificá-los como palmeirenses. Ou seja: para evitarem basicamente a cor verde.

As torcidas uniformizadas do Palmeiras inicialmente rechaçaram a obrigatoriedade de ir ao Itaquerão de ônibus, devido ao alto custo de aluguel dos veículos – R$ 600. Mas, depois, disseram-se satisfeitos com a questão.

"Vamos acatar a decisão da polícia. Mas ouvimos aqui aquilo que queríamos ouvir e que não venham nos culpar depois, caso aconteçam incidentes. Vamos de ônibus, mas a polícia assumiu a responsabilidade em levar as torcidas organizadas em segurança", disse Jânio Carvalho Santos, diretor da torcida Mancha Alviverde.

Pouco tempo depois, a organiza afirmou, em seu perfil oficial no Facebook, que não vai acatar a sugestão da Polícia Militar, e que vai ao Itaquerão de metrô.

A torcida publicou nota dizendo que não houve tempo hábil para alugar os mais de 30 ônibus que ela considera necessários para deslocar seus sócios até o estádio do rival.

JOGADORES NA MIRA

O desembargador Sérgio Antônio Ribas também fez uma recomendação inusitada aos jogadores e pediu para que eles não provoquem os torcedores rivais, sob risco de serem acusados de incitação à violência.

Na reunião realizadas nesta sexta, estiveram presentes representantes da polícia, das duas torcidas, dos clubes, do metrô, da CPTM e da Justiça.

A preocupação com o alto risco de depredação do estádio no setor visitante foi rechaçado pelo representante do Corinthians, Lúcio Blanco, Gerente de Operações do clube.

"O setor de visitante do nosso estádio foi feito nos mesmos padrões do mandante. Vamos receber os palmeirenses da mesma maneira, que recebemos outros visitantes. Não acreditamos que haverá depredação, até porque existe um acordo de cavaleiros entre os clubes, que caso o seu torcedor deprede o estádio, o clube assumirá todos os prejuízos. Será da mesma forma quando o Corinthians jogar no estádio do Palmeiras", disse Blanco.

O efetivo da Polícia Militar no estádio será de 470 policiais. A Guarda Civil Metropolitana vai disponibilizar 44 guardas e 13 viaturas. Haverá ainda 50 agentes do CT e 48 orientadores da Federação Paulista de Futebol envolvidos na operação, além de 80 seguranças particulares, 180 fiscais de catracas e outros acessos e 490 orientadores de público.

A carga total de ingressos colocados à venda foi de 42.500. Até o momento, 25.500 já foram vendidos antecipadamente. A expectativa é que 37 mil pessoas compareçam ao jogo.