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    Mano nega conversa com Dunga para convocar jogador envolvido em negociação

    DE SÃO PAULO

    25/07/2014 15h35

    O técnico Mano Menezes negou ter conversado com Dunga antes de convocar o meia Ederson, atualmente na Lazio (ITA). O atual treinador da seleção brasileira participou de negociações envolvendo o jogador.

    "Nunca conversei com Dunga sobre seleção brasileira, muito menos de convocação. Ederson conheço da época do Sul, trabalhou com o [Paulo César] Carpegiani, depois Internacional e Juventude e na França", afirmou em entrevista à ESPN Brasil.

    Ederson jogava à época no Lyon, e esteve presente na primeira lista de Mano Menezes como técnico da seleção brasileira, em julho de 2010. Ele entrou no lugar de Neymar no amistoso contra os Estados Unidos e, três minutos depois, precisou sair após sentir uma lesão e nunca mais foi convocado.

    "Teve uma trajetória que o credenciou e achamos que ele poderia ser um desses jogadores. Infelizmente teve uma lesão gravíssima com três minutos de jogo e isso fez com que não recebesse uma nova oportunidade. E assim é a vida da gente", finalizou Mano.

    Alessandro Bianchi - 4.out.2012/Reuters
    Ederson comemora com Hernanes (dir.) gol marcado pela Lazio em 2012
    Ederson comemora com Hernanes (dir.) gol marcado pela Lazio em 2012

    O CASO
    Reportagem publicada nesta quinta (24) pela ESPN, com base em documentos públicos, mostra que Dunga participou de negociações envolvendo o meia Ederson, atualmente na Lazio (ITA).

    O jogador não foi convocado por Dunga durante sua primeira passagem, de 2006 a 2010. E os negócios aconteceram antes do capitão do tetra ser contratado pela CBF.

    No entanto, o ex-volante negou ter atuado como agente e "ter participação alguma na venda dos direitos sobre o vínculo do referido jogador".

    Segundo a ESPN, foram duas transações envolvendo o nome do técnico da seleção.

    Em 2004, o RS Futebol Clube vendeu 75% dos direitos econômicos de Ederson ao fundo de investimento IPC (Image Promotion Company) por US$ 1,5 milhão. A comissão do intermediário da transferência foi paga à "Dunga Empreendimentos, Promoções e Marketing Ltda".

    Dois anos depois e menos de três meses antes de o ex-volante assumir a seleção, o IPC comprou os 25% restantes dos direitos do jogador.

    O pagamento de US$ 575 mil ao clube gaúcho foi feito pelo próprio Dunga.

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