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    Kaká tenta agora fazer história no Brasil

    RAFAEL REIS
    DE SÃO PAULO

    27/07/2014 02h00

    Nos próximos quatro meses e meio, Kaká, 32, terá a oportunidade de mudar a história de sua carreira e ser lembrado como um jogador importante também pelo que fez em território brasileiro.

    Após 11 anos atuando na Europa, o meia-atacante reestreia às 16h deste domingo pelo São Paulo, contra o Goiás, no Serra Dourada, em uma corrida contra o tempo pela consagração em casa.

    Último brasileiro eleito o melhor jogador do mundo (2007, quando atuava no Milan), Kaká não brilhou tanto no país quanto os outros vencedores nacionais do prêmio.

    Nos dois anos em que passou pelo time profissional do São Paulo antes de ser negociado com o gigante italiano, levantou somente uma taça: o Rio-São Paulo de 2001 –ele passou a ser conhecido após fazer dois gols na final.

    Apesar de grandes atuações individuais, sofreu com perseguição pela falta de títulos e deixou o clube sendo vaiado e chamado de "pipoqueiro" por parte da torcida.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Ao contrário de Kaká, Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho deixaram o Brasil para suas primeiras experiências na Europa com mais troféus na prateleira.

    Rivaldo já era campeão brasileiro e paulista quando trocou o Palmeiras pelo La Coruña. Ronaldo, em seu primeiro ano como profissional do Cruzeiro, faturou o título mineiro e fez parte do elenco que venceu a Copa do Brasil.

    Mas é o sucesso que os melhores do mundo tiveram ao voltar ao Brasil que enche Kaká de esperança de sucesso.

    À exceção de Rivaldo, todos ganharam títulos relevantes no repatriamento: Romário venceu o Brasileiro, Ronaldo, a Copa do Brasil, e Ronaldinho deu a inédita Libertadores ao Atlético-MG.

    Kaká, ao contrário deles, não terá tempo de sobra para construir uma história vitoriosa no Brasil.

    Contratado do Milan pelo Orlando City, o meia-atacante se mudará para os EUA no próximo ano e defenderá o São Paulo por empréstimo só até o fim da temporada.

    "Estou vivendo essa expectativa de voltar a jogar. Será fora de casa, mas vai ser muito legal vestir de novo a camisa do São Paulo em um jogo oficial. Tem aquele frio na barriga, aquela emoção de estar em campo", disse, ao site oficial do time paulistano.

    Com a estreia de Kaká, a equipe voltará a atuar com dois jogadores de armação, como em parte do ano passado, quando Ganso e Jadson batiam cabeça em campo.

    O técnico Muricy Ramalho, no entanto, nega que isso possa se tornar um problema.

    "Quando o jogador vem de trás, não dá para marcar. É isso que insistimos com o Ganso. O Kaká faz muito isso e confunde o adversário. Espero que eles cheguem até a área", disse o treinador.

    Vinicius Pereira - 6.jul.2014/Folhapress
    O meia Kaká durante apresentação no São Paulo
    O meia Kaká durante apresentação no São Paulo

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