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    Dunga diz ter pé atrás com psicólogos e que cena de choro pega mal no futebol

    DE SÃO PAULO

    27/07/2014 15h17

    O novo técnico da seleção brasileira quer um time que não chore e nem lamente publicamente a ausência de um craque. E não pretende pedir ajuda de um psicólogo para colocar a cabeça dos atletas no lugar.

    Em entrevista à edição desta semana da revista "Veja", Dunga disse que a imagem deixada pelos jogadores brasileiros por chorarem em campo durante a Copa do Mundo foi negativa e colocou dúvida a eficiência do trabalho de psicólogos no futebol.

    "Uma cena de choro como a do jogo contra o Chile pega mal no meio do futebol. Nós somos machistas, temos aquela coisa de que homem não chora", disse o treinador.

    A vitória brasileira nos pênaltis nas oitavas de final do Mundial foi marcada pelo choro de vários jogadores, entre eles o goleiro Júlio César e o zagueiro e capitão Thiago Silva. Dunga, aliás, saiu em defesa do defensor, que se recusou a realizar uma das cobranças.

    Daniel Marenco/Folhapress
    Dunga durante apresentação como novo técnico da seleção brasileira
    Dunga durante apresentação como novo técnico da seleção brasileira

    "E, quanto ao Thiago Silva não querer bater pênalti, a situação é braba mesmo. Você pensa: se eu errar, não posso mais pisar no Brasil. Ele pelo menos foi honesto e teve coragem de dizer que não estava pronto"

    Ao comentar o caso, que poderia produzir o vilão da eliminação da seleção, técnico afirmou que é hipocrisia acreditar que Barbosa, que falhou da derrota na Copa-1950, "foi perdoado" pelo torcedor.

    "Não sei se psicólogo resolve. Nada contra, mas somos desconfiados, temos sempre o pé atrás. Dificilmente um jogador vai se abrir em cinco minutos. A primeira coisa que pensa é: 'Será que ela vai contar ao treinador o que eu falei?'".

    Dunga ainda criticou a decisão de alguns jogadores de usarem bonés com a frase "Força, Neymar" antes das semifinais contra a Alemanha. O principal jogador da seleção não participou da histórica goleada por 7 a 1 por estar machucado.

    "Se vamos para a guerra, não podemos ficar chorando perdas. Temos é que dar força ao soldado que entrou no lugar."

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