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    Segurança funciona e Itaquerão não vê briga em clássico

    EDUARDO OHATA
    DANIEL VASQUES
    DE SÃO PAULO

    28/07/2014 02h00

    A preocupação em torno da segurança no primeiro clássico do Itaquerão não se confirmou. Não houve registro de brigas de torcedores nos arredores do estádio antes e depois do clássico.

    No deslocamento da zona oeste para a leste, sob escolta policial, os cerca de 1.700 organizados palmeirenses provocaram os corintianos.

    Usaram máscaras cirúrgicas, em referência ao fato de chamarem os rivais de "gambás" –tiveram de tirá-las para entrar no estádio.

    Os dias que antecederam o jogo foram tensos, já que a Polícia Militar de SP havia reconhecido que seria seu maior desafio relacionado ao futebol em quatro anos – havia 470 PMs na operação.

    A tensão foi agravada pelo fato de a organizada Mancha Alviverde não ter aceitado a primeira orientação da polícia, de ir ao estádio em ônibus fretados. De trem, foi escoltada da estação Palmeiras-Barra Funda até a Dom Bosco, de onde caminhou cerca de 4 km até o Itaquerão.

    PRECAUÇÃO

    O domingo transcorreu sem brigas perto do estádio, mas os torcedores tomaram cuidados extras. Alguns puseram blusas neutras cobrindo os símbolos dos clubes. Outros anteciparam o horário de chegada para não encontrar a torcida rival no transporte público.

    "Claro que há o receio, fazer o quê? Tem que esconder [o time para qual você torce]. Veja se pode isso", disse o aposentado José Galvani Filho, 62, ao levantar a blusa e revelar a camisa corintiana.

    Justamente por não ser a rota indicada pela Polícia Militar para os rivais palmeirenses, Galvani, o filho e um amigo desembarcaram na estação Artur Alvim do metrô, mas com apreensão.

    Acompanhado pela filha Bárbara, 19, o auxiliar administrativo Marcos Roberto Covo, 45, consultou o horário previsto para a chegada da torcida palmeirense.

    "Gosto de chegar o mais cedo possível ao estádio. Mas, como esse é um clássico, dei uma olhada na internet para ver a que horas os palmeirenses chegariam", disse Covo.

    "Quando vi que iam sair no fim da manhã, atrasei minha chegada para não encontrá-los no transporte público."

    Protegida pelo pai, Bárbara não mostrou a mesma preocupação. "Estou com ele", afirmou. "Tem muito mais corintiano que palmeirense por aqui [zona leste]. Eles [palmeirenses] que deveriam estar preocupados."

    Após o jogo, os palmeirenses tiveram de esperar cerca de 40 minutos para deixar o Itaquerão, e ainda foram alvo de provocações –vigiados por policiais, não puderam revidar durante os cerca de 50 minutos de caminhada de volta até a estação de trem.

    CADEIRAS QUEBRADAS

    Torcedores palmeirenses quebraram cadeiras do Itaquerão antes de deixar o estádio após a derrota para o rival por 2 a 0, no clássico realizado neste domingo (27), pelo Campeonato Brasileiro.

    O Corinthians não tinha o número oficial de assentos danificados, e fará uma vistoria nesta segunda-feira (28). Provavelmente funcionários do Palmeiras também acompanharão a vistoria.

    Os danos não preocuparam o ex-presidente corintiano Andres Sanchez, responsável do Corinthians pelo estádio.

    "É normal. Quando os corintianos quebram coisas nos estádios deles [Palmeirenses], também mandam a conta para a gente. A mesma coisa acontece com o São Paulo. Mas o número total só teremos amanhã", disse Andres.

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