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    Com contrato renovado, revelação do Palmeiras relembra colegas que não vingaram

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    31/07/2014 13h00

    Demorou onze anos para Victor Luis chegar ao ponto mais alto de sua carreira. Foi aos dez anos que o agora titular da lateral esquerda, autor do primeiro gol na vitória sobre a Fiorentina por 2 a 1, pela Copa Euro-Americana, na quarta-feira (30), chegou ao Palmeiras.

    A escalação de Victor, titular pelo terceiro jogo seguido e agora com o contrato renovado até 2017, já é fruto da chegada do técnico argentino Ricardo Gareca ao clube paulista.

    Desde que assinou contrato, Gareca tem enfatizado que pretende trabalhar com jogadores da categoria de base, como fazia quando treinava o Vélez Sarsfield, da Argentina. Agustin Allione, 19, por exemplo, recém-contratado pelo Palmeiras, foi lançado pelo técnico no time argentino.

    "É muito difícil sair da base do Palmeiras e tornar-se titular no profissional. Estou muito feliz. Muitos dos jogadores que treinaram comigo acabaram desistindo pelo caminho, por conta das dificuldades", disse Victor Luiz. "É a realização de um sonho".

    Além de Victor, Gareca fixou Renato como primeiro volante e tem dado chances constantes ao atacante Érik e ao meia Eduardo Júnior, todos formados na categoria de base do clube.

    Apesar do pouco tempo em prática, o expediente já demonstra que uma nova mentalidade, iniciada pelo ex-técnico Gilson Kleina, está em curso. Historicamente, o Palmeiras é um clube que dá poucas chances a jogadores formados no próprio clube. A exceção são os goleiros.

    Nos últimos anos, Vinícius, hoje emprestado ao Vitória, foi o jogador formado no clube que mais se destacou. Com Kleina, o atacante foi titular em boa parte da campanha do time na Série B de 2013. Patrick Vieira também teve um início promissor, mas, devido a contusões e preferências da comissão técnica, perdeu espaço.

    RODAGEM

    Victor Luis chegou ao clube aos dez anos, após uma breve passagem pela Portuguesa e por uma espécie de escolinha internacional do Atlético de Madri no Brasil, comandada, à época, por Paulo Serdan, presidente de honra da torcida uniformizada Mancha Alviverde.

    No início, Victor atuava como zagueiro. Mas, com 1,80 m, os treinadores da base sugeriram que ele se deslocasse para o lado do campo.

    No Palmeiras, Victor cumpriu todas as etapas até chegar ao time sub-20, em 2012.

    "Aí surgiu a oportunidade de ser emprestado ao Porto. Na Europa, aprendi muito de disciplina tática", conta Victor, que jogou na equipe B do clube português por uma temporada antes de ser reintegrado ao Palmeiras.

    No início do ano, Victor era a quarta opção para o setor. Juninho, negociado com o Fluminense, era o titular. William Matheus, que foi para o Toulouse, da França, era o reserva imediato. E Paulo Henrique, jogador que veio de contrapeso na negociação de Bruno César e já está no América de Natal, aparecia como terceira opção.

    Com o bom desempenho de Victor Luis em treinos e jogos, Gareca não deve pedir a contratação de um jogador para a posição.

    Julia Chequer/Folhapress
    Victor Luis ergue os braços para comemorar o seu gol para o Palmeiras contra a Fiorentina
    Victor Luis ergue os braços para comemorar o seu gol para o Palmeiras contra a Fiorentina
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