A dois anos dos Jogos do Rio-2016, Thiago Pereira, 28, enfrenta uma reviravolta em sua preparação olímpica.
O nadador e o técnico Alberto Pinto, o Albertinho, encerrarão neste mês parceria que perdurava desde 2012.
O último compromisso em conjunto será o Pan-Pacífico de Gold Coast, na Austrália, de 21 a 25 de agosto.
Ao lado do treinador, Pereira obteve as principais conquistas de sua carreira: uma medalha de prata nos 400 m medley nos Jogos de Londres-2012 e dois bronzes no Mundial em piscina longa (50 m) de Barcelona-2013.
Satiro Sodre - 22.abr.2014/Divulgação/SSPress | ||
O nadador Thiago Pereira durante competição nacional |
Segundo Pereira, partiu de Albertinho a ideia de interromper o trabalho. "Foi decisão pessoal dele. Fiquei um pouco surpreso, mas respeito totalmente", disse à Folha.
Além dele, Albertinho treinava Nicholas Santos, Tales Cerdeira e Lucas Salatta em núcleo de alto rendimento baseado em São Paulo.
Devido ao interesse nos resultados de Pereira nos Jogos do Rio-2016, tanto o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) quanto a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) se envolverão na seleção de um novo técnico.
TÉCNICO ESTRANGEIRO
Na próxima semana, o nadador se reunirá com o coordenador técnico de natação da CBDA, Ricardo de Moura, para analisar opções de treinadores e de locais de preparação. Atualmente, Pereira treina e reside em São Paulo.
Ele já teve conversas com Jon Urbanchek técnico norte-americano que orientou Gustavo Borges durante a década de 1990, em Michigan.
"Não descarto o Jon, mas eu queria ouvi-lo antes de mais nada, ter um conselho dele. Mas qualquer decisão precisará ser muito pensada. Estamos em um período pré-Olimpíada em que não se pode serrar muito", afirmou, que embarca no próximo domingo (10) para Gold Coast.
Borges, detentor de quatro medalhas olímpicas, e Urbanchek estão no Hall da Fama da natação mundial.
OPÇÃO NO EXTERIOR
Pereira cogita voltar a treinar no exterior. Mais precisamente nos Estados Unidos, onde morou entre 2009 e 2011. Durante estes anos, ele viveu em Los Angeles.
Além da competitividade, o nadador lista a tranquilidade como outro fator que pode levá-lo a sair do Brasil.
"Eu consigo ter um treinamento eficiente aqui [em São Paulo]. Mas me preocupa se, a medida em que nos aproximarmos da Rio-2016, faltar tranquilidade por causa do assédio", comentou.
"E, se sair, eu particularmente prefiro os EUA."
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