Reintegrado ao elenco do Palmeiras, o meia Valdivia afirmou nesta quinta-feira (7) que vai processar o clube Al Fujairah, dos Emirados Árabes, para o qual acertou sua transferência no mês passado, que acabou não se concretizando.

O chileno afirma ter todos os documentos que comprovam ter agido corretamente na questão.

"Fui tratado como criança, fui enganado e não vou deixar passar. Arrumei detalhes da minha mudança, tireis os meus filhos da escola, porque sabia que estava tudo certo com aquele que ia ser meu novo clube", disse Valdivia.

"Acho que o Palmeiras vai processar o clube comigo, até para ganhar mais força. Mas são dois problemas diferentes. Eu já falei com meu estafe de advogados", afirmou.

Antes do começo da entrevista coletiva concedida por Valdivia nesta quinta, o diretor executivo José Carlos Brunoro afirmou que o Palmeiras acredita no jogador, vai apoiá-lo e tomar medidas legais contra o Al Fujairah.

Conforme a Folha adiantou nesta quinta, o jogador afirma ter saído de férias com anuência do seu então novo clube. "Disseram para eu me apresentar na Alemanha, no dia 5, para iniciar a pré-temporada", conta.

Sobre o seu sumiço na época em que a negociação começou a dar errado, e o Palmeiras foi notificado pelo clube árabe, Valdivia diz que seu paradeiro era conhecido por todos, já que sua mulher postava fotos da família em redes sociais.

"Estava na Disney", disse o meia, em referência ao complexo de parques de diversões existente no estado da Flórida, no sul dos Estados Unidos.

Valdivia, que afirma não ter acessado a internet durante o tempo em que esteve de férias, diz ter ficado chocado ao chegar ao Brasil e ver as notícias de que a negociação teria sido desfeita.

"Eu estava sem celular, eu e minha mulher. As fotos que minha mulher postou foram a partir do celular da minha cunhada, que viajou com a gente. Eu sei que é difícil de acreditar, mas eu realmente não acessei internet", disse.

Sobre o fato de ter deixado o país árabe apenas com uma carta de intenção, e não com o contrato propriamente assinado, o chileno disse que o feriado religioso do Ramadã atrapalhou o registro.

"Mas saí de lá com todos os salários acertados e acordados. Só não estava certo como ia ser feito o pagamento de luvas e premiações, mas isso é normal", afirmou.

Valdivia tem uma explicação para o desfecho negativo da negociação.

"O xeque que fez a negociação comigo, entregou a camisa, tirou foto, mas o pai dele disse que era muito dinheiro e que a cidade precisava de escolas e hospitais. Acho que foi por isso que ele desistiu", crê o chileno.

	Divulgação/Palmeiras
	O meia Valdivia participa de um treino físico no Palmeiras