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    Futuro de 'Riquelme do San Lorenzo' deixa Bahia dividido

    RAFAEL REIS
    DE SÃO PAULO

    12/08/2014 02h00

    O que era para ser a maior contratação do Bahia para 2014 se transformou em motivo de racha dentro do clube.

    O meia argentino Leandro Romagnoli, 33, joga nesta quarta-feira (13), às 21h15 (de Brasília), contra o Nacional (PAR) para dar o inédito título da Libertadores ao San Lorenzo, time onde começou e passou a maior parte da carreira.

    Seu destino depois da competição é um mistério.

    Romagnoli assinou pré-contrato com o Bahia no começo de janeiro e deveria ter desembarcado em Salvador no dia 1º de julho.

    Mas, empolgado com a possibilidade de ser campeão sul-americano e talvez desgostoso com a luta contra o rebaixamento que o esperava no Brasil, decidiu ficar em Buenos Aires.

    A história já foi parar na Fifa. O Bahia cobra os US$ 500 mil (R$ 1,1 milhão) da multa prevista pela quebra do pré-contrato. Quer também a devolução dos US$ 50 mil (R$ 110 mil) que deu de adiantamento ao jogador.

    Depois de tanta briga, Romagnoli afirmou na Argentina que irá se apresentar ao Bahia assim que terminar a Libertadores.

    Mas agora é o clube brasileiro que não sabe se quer o meia.

    "Essa resposta não sou eu que vou dar. Faz pouco tempo que estou aqui para tomar essa decisão. Não vou me expressar publicamente sobre isso de forma alguma", afirmou o diretor de futebol Rodrigo Pastana.

    A Folha apurou que há duas alas dentro da diretoria do clube. Uma é contra a chegada do camisa 10 argentino por considerar que ele já "passou do ponto" e desrespeitou o Bahia ao não se apresentar em julho.

    Outros cartolas, no entanto, já perdoaram o meia e consideram que sua chegada pode representar um grande ganho técnico ao clube.

    Romagnoli é uma espécie de Riquelme que não deu certo. Ele estreou como profissional do San Lorenzo em 1998, aos 17 anos, e viveu seu melhor momento em 2001, quando faturou o Mundial sub-20 com a camisa 10 argentina e ganhou a Copa Mercosul pela equipe de Almagro.

    A partir daí, pouca coisa deu certo. O meia acumulou lesões nos dois joelhos e teve uma passagem discreta pelo Veracruz, do México. Sua única experiência na Europa também não teve grande destaque. Defendeu por quatro temporadas o Sporting. Não deixou saudades em Portugal.

    Voltou ao San Lorenzo em 2009 e teve até de lutar contra o rebaixamento antes de ser campeão argentino em 2013 e brigar pela Libertadores.

    Após empatar por 1 a 1 com o Nacional, no Paraguai, o time azul e grená, que tem o papa Francisco como torcedor ilustre, será campeão se vencer a partida desta quarta. Um novo empate leva a decisão para a prorrogação e, caso o resultado seja mantido, aos pênaltis.

    Norberto Duarte - 6.ago.2014/AFP
    Romagnoli leva a bola no primeiro jogo da final da Libertadores
    Romagnoli leva a bola no primeiro jogo da final da Libertadores
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